quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Brazil

Amanhã estamos embarcando para o Brasil.

Saudades imensas!!!!

Notícias agora só depois do Reveillon, diretamente de Tete!

Um ótimo final de ano para todos nós!!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cartagena

Dica de passeio na Colômbia: Cartagena.

Vale muito a pena! Pena que só pudemos passar um dia lá...

Saímos de Barranquilla às 9h. Nossa primeira pergunta foi: "tem algum risco de sequestro? É seguro viajar pelas estradas colombianas?". O motorista, Lewis, nos contou que já tem uns 5 anos que a guerrilha está mais controlada. Antes disso, segundo ele, era impossível ir de Barranquilla a Cartagena de carro. Era sequestro na certa.

Fiquei bem segura quando percebi que de 5 em 5 km existia uma blitz policial. Perguntamos se era por causa das FARC e Lewis disse que não. A razão era a loucura dos motoristas colombianos mesmo. E pudemos comprovar isso...

Após 30 minutos nossa primeira parada foi no Volcan del Totumo. O vulcão tem cerca de 2500 metros de profundidade e um cone de aproximadamente 15 metros, que foi formado pela lama que escorre da sua cratera.



Todo mundo vai lá interessado no banho de lama, que segundo disseram tem propriedades medicinais e estéticas. Quem entra nesse cone fica boiando na lama. Não afunda. E ainda recebe massagem dos nativos. Infelizmente não experimentamos, já que não tínhamos roupas apropriadas... Mas fiz questão de comprar a lama e tomar meu banho em casa. Recomendo demais!!!



Saindo de lá, seguimos 50km até Cartagena.

Que cidade encantadora!!! Ela é tombada pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade. Suas cores azul, rosa, laranja e ocre, criam um clima muito aconchegante.

O centro histórico, palco de muitas batalhas contra piratas, possui inúmeros prédios coloniais espanhois e casas com varandas floridas que dão um charme rústico e único para o local. Além disso, essa área é cercada por muralhas com mais de 3 km de extensão e cerca de 400 anos.






A culinária local também é deliciosa. Almoçamos no "La Casa de Socorro". Experimentamos o Picada Tsunami, que é um mixto de vários frutos do mar. Cada um feito de uma forma. Para acompanhar arroz de coco e patacones. Tudo muito delicioso!

Retornamos por volta das 16h30, mas com uma vontade imensa de ficar por lá. Não nos arriscamos a sair mais tarde em função do "pequeno receio" de rodar a noite pelas estradas colombianas...

O que vale a pena em Cartagena:
- Castilho de San Felipe (único motivo pra você sair da cidade murada)
- Palacio da Inquisição (Plaza Bolivar)
- Museo do Oro (Plaza Bolivar)
- Área de artesanato (no local onde antigamente servia de calabouço para presos)
- Passear sobre as mulharas da cidade
- Experimentar a nêspera, fruta que tem um sabor que mistura chocolate e açucar caramelado.
- Visitar todas as praças do centro histórico
- E tem muito mais. Só que não tivemos tempo pra aproveitar tudo de bom que a cidade tem para oferecer.

E esse passeio já me inspirou a programar minhas próximas férias:
2 dias em Cartagena
1 dia Isla del Rosario (bem pertinho de Cartagena)
3 dias na ilha de San Andrés - paraíso colombiano

Vamos?

A boa e velha Austrália...

E a sua coleção de proibições... Abaixo a mais nova:

Austrália pretende filtrar conteúdo da rede
Fonte: Veja

Um projeto de filtrar o conteúdo da internet está despertando polêmica na Austrália. Inspirada no modelo chinês de censura na rede, a medida foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro das comunicações australiano, Stephen Conroy.


A ideia é impedir o acesso a páginas com conteúdo criminoso, tais como pornografia infantil, estupro e uso detalhado de drogas. Para isso, os sites serão analisados por um grupo de classificação independente com base em reclamações de internautas.

De acordo com o ministro, a medida irá fornecer "um pacote que equilibra segurança para as famílias e os benefícios da revolução digital". Ele garantiu ainda que o bloqueio se mostrou 100% eficaz, além de não reduzir de forma significativa a velocidade da rede.

Como estímulo, provedores de internet que ofereçam filtros adicionais irão receber subsídios do governo. Conroy ressaltou, no entanto, que isso não será obrigatório. A nova legislação será levada ao Parlamento em agosto de 2010 e deverá levar um ano para entrar em vigor.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Barranquila

Que saudade que eu estava dessa bagunça do terceiro mundo (mas já tá passando...).

Quando aterrisamos no aeroporto de Bogotá, após mais 6h de viagem, ninguém sabia nos informar para qual sala deveríamos nos dirigir para pegarmos o avião para Barranquila. Pediram para esperarmos mais duas horas e então checarmos no painel.

Faltando 45 minutos para o nosso vôo, como nada acontecia, resolvemos correr atrás da informação e fomos para a sala 7.

O calor e a confusão eram infernais. Chamavam dois vôos na mesma sala e ao mesmo tempo. O nosso foi chamado na sala 7 e no painel informava 8. Todos os estrangeiros estavam sem saber como proceder em meio aquele caos. Cada pessoa te dava uma informação diferente.

Após termos conseguido sair da sala 7, nossa próxima missão foi encontrar o portão correto para o embarque na aeronave certa.

Mas no final deu tudo certo.

Chegamos a Barranquila!

A cidade é super quente. Chega a fazer 45 graus. É o pior, além de ser quente, o nível de umidade é elevadíssimo. Foi só sair do aeroporto para melar. Nunca suei tanto...

O trânsito também é super é caótico. Imagine SP (guardadas as devidas proporções) com motoristas dez vezes mais loucos que os cariocas... Pois então, é assim... O pessoal não tem medo não... Cortam na contra mão, ultrapassam sinal vermelho (quase bateram no carro que estávamos dessa forma), buzinam o tempo todo e não mantem distância de segurança. Não aconselho ninguém a alugar um carro por aqui. Além do risco de vida, existe 98% de chance da pessoa ficar completamente perdida. A sinalização é mínima e não vimos nem sinal de GPS por aqui...

Gastamos mais de 50 minutos para chegamos ao hotel. Foi ai que meu saudosismo começou a desaparecer. Nosso quarto não estava preparado, nos informaram que a internet estava com um dano e que teria uma festa de casamento no hotel e já pediam desculpas pelo incomodo que o barulho iria causar. Fazer o quê, né?

Barranquila é uma cidade sem atrativos. Mas é famosa por seu carnaval e por ser a terra onde nasceu a cantora Shakira... O povo é simpático em sua maioria e tem um gosto um pouco duvidoso. Adoram brilhos, cores chamativas, decotes imensos... Os homens gostam de gel no cabelo, unhas feitas e camisas com bastante estampa ou bordados.

Não senti a insegurança propagada pela imprensa. Mas você vê policiais e segurança privada em todos os lugares e estabelecimentos públicos.

Hoje fui ao shopping. Ao entrar um guarda passou o detector de metal na minha bolsa. Lá dentro, as lojas de artigos mais finos também tem seus próprios seguranças. No carrefour, passei pela seguinte experiência. Após pagar minhas compras, recebi minha sacola com nó. Na nota fiscal foi anotado o número de embrulhos que eu levava. Só sai do supermercado depois que o segurança conferiu tudo.

Mas estou gostando...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Chile

Chegamos em Santiago, Chile!

Infelizmente não vai dar pra conhecer nada... Estamos em um hotel em frente ao aeroporto, sem bagagens, que foram direto para Barraquila, e longe de tudo...

Após 11h30 de vôo só queremos banho e cama. A diferença do fuso está pesando demais (10 horas a menos).

Amanhã bem cedo embarcamos, primeiro para Bogotá (6h40 dentro de outro avião), e em seguida rumamos para Barranquila.

Santiago, te vejo em uma nova oportunidade... Um pena...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Último dia

Amanhã iremos embora da Austrália.

Já estou me preparando psicologicamente para 3 horas e meia de vôo até Nova Zelandia, 5 horas esperando pela conexão e 11 horas e meia até Santiago...

Assim que chegar em Barranquila dou notícias!!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lembram da doença misteriosa?

Quem acompanha o Blog deve se lembrar do post no qual eu falava sobre uma doença misteriosa que estava matando muitas pessoas no distrito de Tsangno, província de Tete.

Pois então, não é que só agora eles conseguiram descobrir do que se tratava... E advinhem? Era a tão famosa e já erradicada (em muitos países) "Febre Tifóide".

Tem condições?!!!

Não me deixem esquecer de vacinar contra essa misteriosa doença do século passado...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sem novidades

Estou recebendo inúmeras reclamações sobre o quanto esse Blog anda paradinho nos últimos tempos. Sorry, again... Mas, infelizmente, não estou tendo muita inspiração por aqui. Nada é tão diferente ou surpreendente para ser contado em um post.

O Paulo também tem trabalhado muito. Dessa forma, não tem nos sobrado muito tempo para passeios bacanas. Com isso, só me sobra a rotina diária. E ela não é nem um pouco interessante... Assim como toda rotina, né?!!

Tirando, é claro, o quanto estou aprendendo (ou pelo menos tentando aprender) sobre a cultura asiática e mulçumana. Digo tentando, porque o accent desse pessoal é difícil demais! Os árabes sempre usam B no lugar do P e os asiáticos o L no lugar do R. Então, muitas vezes, é duro entender a mensagem... E quando entendo, tenho que segurar minha língua pra não emitir nenhum juízo de valor. Afinal, cultura é cultura... Tem sido um esforço diário...

Bom, esse final de semana devemos conhecer a tão famosa Gold Coast. Me disseram que lá eu conseguirei achar pastel frito, pão de queijo e até o nosso famoso butequinho!!!! Mas também estou ansiosa para ver a paisagem, a praia, que por fotos, parecem ser bem bacana.

Mas minha cabeça esta voltada mesmo pro meu retorno ao Brasil. Não vejo a hora de ver todo mundo!!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pé na Africa - dica

Ai vai uma dica para quem quiser conhecer um pouquinho mais sobre o continente africano.

Acaba se ser lançado o livro "Pé na Africa", escrito pelo jornalista da Folha, Fábio Zanini, que viajou durante 6 meses, no ano de 2008, por 13 países e 30 cidades africanas.

A experiência, em um primeiro momento, resultou em um blog, que acompanho há algum tempo. E agora, segundo o autor, em versão mais detalhada, as estórias estão relatadas em um livro. Pelo que conheço da narrativa dele e de sua capacidade para fazer análises, tenho certeza que o livro é fantástico!

Inicialmente, só conseguimos comprar pela livraria da Folha, by internet. Mas acredito que, até meados de dezembro, ele já esteja em todas as livrarias do país.

Brisbane

Chegamos em Brisbane na sexta-feira passada. Uma hora de viagem apenas. E que praticamente não existiu, já que por aqui não existe horário de verão. Então, foi como se o tempo não tivesse passado...

A cidade é exatamente o que eu esperava. Grande, movimentada, multicultural, muitos restaurantes, lojas e shoppings que não acabam mais...

Estamos em um hotel no centro. E ele foi um achado, pois tem um bom preço e conseguimos fazer tudo a pé a partir desse ponto. Além disso, o lugar é super confortável e tem uma vista muito bacana pro rio que corta a cidade.

O custo de vida em Brisbane é bem mais alto do que em Newcastle e até mesmo Sidney. Principalmente quando nos referimos a comidas e bebidas. Chega-se a gastar até 15% a mais em um mesmo produto. Mas, na minha opinião, vale muito a pena pagar esse preço.

No final de semana saímos pra conhecer um pouquinho da cidade. O centro é fantástico! Você vê, ao mesmo tempo, arranha-céus de aço e vidro e construções do século 19 em perfeito estado de conservação. Tem a Queen St, que é um paraíso para quem é viciado em compras. Acredito que tenha visto mais de mil lojas juntas, fora os 5 shopping centers... O precinho é bem salgado, já que a maioria dos lugares vende artigos de estilistas famosos e marcas internacionais. Eu me contentei em apenas olhar as vitrines...

Passeamos também por Chinatown (básico ter esse bairro na Austália...), que tem um portal de entrada lindo, com um calçadão repleto de mini-jardins. Mas, atualmente, esta área está em reforma... Então, não conseguimos explorar muito lugar ou bater fotos.

Também fomos em South Bank, uma região na outra margem do rio. Acredito que lá seja o pólo cultural da cidade, já que vimos muitos museus, galerias de arte, teatros, cinemas, espaço para shows e centros de exposição. Experimentamos nadar no lago artificial que foi construído por lá. Imitando uma praia. Muito bacana! Ao redor existem inúmeros restaurantes, cafés e mercadinhos. E, é claro que encontramos um pub para ficar boa parte da tarde, né?!!!

A presença de brasileiros aqui também é bem maior do que em Newcastle. Achei isso uma maravilha, pois estou conseguindo colocar em dia minhas necessidades femininas em estilo brazuca, ex: fazer as unhas retirando a cutícula, sobrancelha pinçada e não depilada, brazilian wax, etc.

(Não deu pra colocar as fotos dos lugares, já que com a mudança ainda não achamos o cabo da máquina... Mas, em breve, coloco um post com as imagens daqui.)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E lá vamos nós

Já estamos quase nos despedindo de Singleton. E a cidade está tão bonitinha ultimamente...



Na sexta partimos rumo a Brisbane (na verdade não vejo a hora...). Infelizmente vamos passar apenas 2 semanas e meia lá. Dai em diante os planos são:

- 10/12 - embarcamos para Santiago/Chile (ficaremos lá apenas 1 dia)

- 12/12 - chegamos em Bogotá/Colômbia

- 12/12 - seguimos para Barranquila/Colômbia

- 17/12 - embarcamos para o Brasil. Vôo direto pra BH!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vale a pena a experimentar

Tivemos um final de semana fantástico. Não vou entrar em detalhes porque, na verdade, não teve nada de diferente. Apenas fomos pra Newcastle ver gente. Já que em Singleton isso é coisa rara... Mas nos divertimos demais, principalmente em função de termos companhia brasileira.

E como a vida andava tão parada, qualquer movimento é motivo de comemoração, né?!!!

Bem, mas a intenção desse post é dar uma dica sobre um drink que eu experimentei. O nome é Long Island Tea. Fantástico!!! Pra quem gosta de destilados é um achado e tanto. Não sei se é uma bebida comum em muitos países. Pois, sou expert apenas em menu de breweries.... rsrsrsrs. Mas, pra mim, foi a novidade do ano! E recomendo!

Receita:
1 copo longo com gelo
1 shot de Gin
1 shot de Tequila
1 shot de Vodka
1 shot de Run
1 shot de Cointreau
(é difícil explicar o tamanho do shot... Mas pense que, ao final, a soma de todos os shots irão equivaler a uma dose. Me fiz entender? Tomara que sim...)
Coca cola
3 slices de limão

É só misturar e tomar!!! Boa ressaca!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eu não compraria. E você?

Logo quando cheguei por aqui, assistindo a um comercial de cerveja na TV, fiquei pensando como era que aquela empresa conseguia convencer a galera de que seu produto era bacana com uma propaganda totalmente estranha. E olha que esse é um artigo bem caro aqui na Australia. Você paga cerca de 40 doláres ou mais por 12 latinhas.

Junta-se a isso a minha referência de comercial de cerveja que é brasileira, né?!! Sempre mulheres muito bonitas, homens sarados, muito sol, praia, muita interação e filmes bem produzidos.

Hoje, vivienciando um pouquinho mais do dia a dia dos aussies, percebi que aquela propaganda reflete perfeitamente o comportamento e a cultura local.

Acredito que pelo filme irão entender exatamente o que quero dizer.

Alguém compraria essa cerveja?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Adote um!

Desde criança sempre fui apaixonada por bichos. Lá em casa nunca faltou um cachorro, vários gatos, peixes e até aqueles pintinhos que a gente trocava por garrafas, lembra?

Depois de adulta preferi não ter nenhum ser vivo dependendo de mim. Nem planta eu tinha na minha casa. Era mais prático e eu preservava minha freedom. Mas há uns 3 ou 4 anos atrás, decidi que precisava exercitar meu instinto materno e decidi adotar um gato, daqueles vira-lata mesmo. Pausa – sei que muita gente já sabe dessa estória, mas vou contar de novo...

Ele apareceu no meu trabalho. Bem magro, pequeninho, poucos pelos pretos no corpo, morrendo de fome. E logo foi descoberto pela segurança, que iria despachá-lo para o rio mais próximo. Foi então que, sensibilizada, o levei pra casa. O bichano ganhou o nome de Rebeca, após a constatação de sua feminilidade por um veterinário do interior. (Hoje o pobre sobre de crise de identidade, desde que descobrimos que “ela” era macho e meu instinto materno mandou cortar suas bolinhas). Bem, como Rebeca ficava muito sozinha e tinha um comportamento bastante canino, resolvi que estava na hora de aumentar minha prole. Foi ai que apareceu a Giule, uma schnauzer linda, meiga, toda pretinha.

Ela é a paixão da minha vida! Não me imaginou mais sem aquele focinho gelado! E todo dia penso se faço a maldade de colocá-la em um avião por mais 20 horas pra tê-la ao meu lado... Bom, ainda estou pensando... Mas, graças a deus tenho uma família linda que está cuidando dela na minha breve ausência!

Mas, isso não acontece com tudo mundo. Muitas vezes, ao primeiro sinal de problema pessoal ou financeiro, os donos abandonam seus bichos. E não estou dizendo abandonar na casa de parentes ou amigos. É largar o pobre na esquina mais longe possível de casa. Com sorte, uma boa parte deles vai parar em algum canil e fica a espera de adoação. Alguém já foi em um desses lugares? Viu aquele olhar triste pedindo um colo, um carinho? É de partir o coração.

Pois então, a Pedigree está com a campanha “Adotar é tudo de bom” (chorava todas as vezes que via a propaganda no Brasil). E, esses dias vi na internet que eles estão dando uma refeição por cada view recebido no vídeo abaixo. Não sei até quando é válida a promoção. Ou se já acabou... Mas de qualquer forma, vale a pena divulgar essa causa. (Não, não estou sendo paga pra isso. É de coração). Com certeza, você e sua vida serão melhores depois de um pet!


E se você não se sensibilizar e correr pra adotar um, quem sabe então não começa a doar pelo menos um pouco de comida ou tempo pra ajudar esses lugares?!!!

Enjoy it!


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eleições

Segue uma pequena matéria feita semana passada sobre as eleições em Mozambique.

Pelo o que já foi apurado até o momento, Guebuza está reeleito. E a Renamo tem ameaçado dividir a Provincia de Sofala em função dos resultados. Insiste em houve corrupção no processo de votação.

Agora é aguardar os próximos capítulos e torcer para que o país continue em paz...

Um peixe fora d'água

Já tem mais de um mês que estamos na Austrália e parece que chegamos há um ano atrás. Acho que essa sensação acontece em função das imensas diferenças culturais que estamos vivenciando.

Aqui nada pode, tudo é proibido e caro... Você perde o tesão de fazer pequenas coisas como ir a praia, por exemplo. Veja a placa com tudo que você não deve fazer...



Outro dia, fomos com um grupo fazer um churrasco em um parque de Newcastle. Meu deus!!! Não estou acostumada com isso. As pessoas chegaram e no mesmo segundo começaram a picar de qualquer jeito a carne e os legumes. Colocaram tudo na grelha, temperaram no final e no minuto seguinte já estavam comendo... O pessoal não tem aquele prazer em passar duas horas cozinhando, conversando, tomando uma cerveja, fazendo as coisas com carinho.
Praticidade é a palavra-chave. Tudo sempre será feito da forma mais rápida e gastando o mínimo de energia pessoal. Não sei se eles estão errados... Mas, infelizmente, pra mim isso não é diversão.

Quando saímos para almoçar ou jantar com alguém passamos pela mesma situação. Não existe essa estória de ficar beliscando primeiro, tomando uma cerva, conversando sobre amenidades e depois de um tempo comer. As pessoas já chegam escolhendo o que querem, daí a 20 minutos a comida está na mesa, com mais 20 está no estômago e com mais 10, conta paga...

Uma certa noite estávamos conversando sobre o que seria melhor, hipotéticamente falando, morar na Austrália ou em Mozambique. Minha primeira reação foi responder Australia. Mas depois de um tempo isso ficou martelando na minha cabeça.

Hoje tenho certeza que minha resposta seria Mozambique. Lá não temos muito acesso a diversos bens materiais e, principalmente, serviços. Mas você consegue alimentar seu espírito. Tem calor humano, tem risadas, tem diversão, tem amizade... E é isso que faz a diferença. Não te deixa adoecer...

Acho que vou voltar pra Tete gostando ainda mais daquele fim de mundo, srsrsrs

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ops!!!

Como estávamos com excesso de bagagem, resolvemos enviar uma mala com 25 kilos para o Brasil. Colocamos dentro dela apenas roupas velhas, alguns livros, DVDs e TODAS as capulanas.

Segundo o cara da empresa australiana, é comum enviar esse tipo de coisa para outros países, sem problema algum. Você só precisa fazer uma lista com os seus pertences e colocar preço em cada um.

Ficamos preocupados com a alfândega brasileira, mas como não tinha nada de valor lá dentro e  tínhamos feita a lista, ingenuamente, achamos que estava tudo ok.

Não é que eu recebo hoje um email da empresa dizendo que nossa mala está presa na alfândega do Brasil e para liberá-la eles querem um email da nossa embaixada na Austrália autorizando o envio da mercadoria... Ainda não conseguimos falar com TNT no Brasil pra entender direito a situação, mas até imagino o trabalho que isso vai dar...

Resultado: se tiver burocracia demais pra resolver esse problema, vamos largar a mala lá. E... todo mundo vai ficar sem capulana...

Então, torçam!!!! 

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eleições em Moçambique

Agora que me dei conta. Senão me engano, amanhã é dia de eleições em Moçambique.

Queria muito estar lá para presenciar esse dia... Acredito que deva ser muito parecido com o que acontece no interior do Brasil... Mas seria bom vivenciar tudo isso.

Apesar da minha certeza sobre o resultado da votação, espero que essa eleição não traga consequências ainda mais desastrosas para esse país que ainda está aprendendo a andar...

Coisas que mais gosto

As três melhores coisas da Austrália, pelo menos em New South Wales:

- Transportes públicos

Aqui, eles são perfeitos. Não tem essa de ver gente dependurada do lado de fora de ônibus ou trens. E a timetable é seguida a risca. Os veículos são confortáveis e na medida certa pra transportar aquela quantidade de pessoas em cada horário.

Pego o trem duas por dia. Nunca tive problemas com atraso ou falta de lugares. Estão sempre limpos e são cercados por regras. E se você acha que alguém está tendo algum comportamento estranho ou infrigindo alguma das inúmeras normas, basta ligar para um determinado número e na mesma hora os seguranças chegam. Achei isso incrível, pois presenciei uma cena dessa. O trem parou em uma estação e de repente vi chegar em torno de 3 seguranças. Todos olhando seriamente pra dentro dos vagões, procurando algo. Em menos de 1 minuto eles estavam retirando dois jovens de dentro do trem. Pelo que pude perceber, os garotos estavam bebendo e incomodando as pessoas às 6h da manhã...

O preço do transporte público também tem um bom custo-benefício. Eu pago A$ 54,00 por semana para rodar 150 km por dia. Você compra o bilhete e não precisa validá-lo em nenhuma máquina ou mostrar pra alguém, não. Aqui tudo é na base da confiança. Vez ou outra vai vir um guardinha pedindo pra vero ticket. Comigo só aconteceu uma vez...

Já os ônibus, eu nunca usei. Mas conversei com muita gente que usa e não ouvi reclamações.

- Educação no trânsito

Até hoje não vi ninguém enfiando a mão na buzina por mero prazer ou apenas pra mandar o carro da frente andar mais rápido. Se você precisa cruzar uma avenida sem sinal de trânsito e isso é permitido, ninguém fica te pressionando com aquele barulho ensurdecedor. Todo mundo espera atrás, calmamente.

E se um pedestre coloca o pé na faixa, os carros param. Agora, se você tentar atravessar fora dela... Com certeza será atropelado.

Também não espere direção defensiva. Isso não existe, aqui. Todo mundo acredita e confia cegamente que ninguém (veículos e pedestres) irá infrigir as leis.

Nós passamos por uma situação constrangedora outro dia, exatamente por isso. Como não estávamos acostumados com o trânsito de Newcastle, não percebemos que deveríamos ter pegado o faixa da direita ao parar o carro no sinal. Quando caiu a ficha, resolvemos mudar de lado. E não é que vinha um táxi atrás... O cara ficou puto, já que ele quase bateu em nosso carro. Afinal, aqui ninguém espera que você vá mudar de direção de uma hora pra outra.

Outro dia quase vi uma japonesa morrendo. Ela estava tentado cruzar uma rua em local proibido. Estava perdida, coitada. Ninguém teve piedade... E ela não conseguiu. Se enfiasse o carro mais um pouquinho pro meio da rua, o céu ou o inferno seria seu destino certo.

- O pavor de incomodar

É sério! As pessoas tem pavor de incomodar as outras. O mantra do australiano é "sorry". Ouço essa palavra 100 vezes quando vou ao supermercado ou saio a rua.

Se alguém para o carrinho em frente a uma prateleira e de repente percebe que você está tentando pegar um produto no mesmo local onde ela estacionou seu troller... Ahhh, a pessoa quase morre de vergonha... Sorry!

Se atrapalham sua entrada na porta de uma loja, isso é o fim do mundo pra eles. Sorry!!!

Esbarrar sem querer em você na rua... nem pensar... Sorry, Sorry!!!

Entrar no carro dentro do estacionamento e não sair logo sabendo que a pessoa ao lado quer abrir a porta... jamais.... Sorry, again!!!

Mas não pensem que é porque eles se preocupam com os outros. É porque eles querem receber em troca o mesmo comportamento. Mas é o tipo de egoísmo que faz bem pra humanidade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saramago

O escrito José Saramago possui um Blog muito interessante intitulado "O Caderno de Saramago". Em agosto ele escreveu um artigo no qual coloca sua visão sobre os frequentes problemas no continente africano e no final faz uma conclusão que vale pra qualquer lugar do mundo...

Vale a pena conferir e refletir.

" Em África, disse alguém, os mortos são negros e as armas são brancas. Seria difícil encontrar uma síntese mais perfeita da sucessão de desastres que foi e continua a ser, desde há séculos, a existência no continente africano. O lugar do mundo onde se crê que a humanidade nasceu não era certamente o paraíso terrestre quando os primeiros “descobridores” europeus ali desembarcaram (ao contrário do que diz o mito bíblico. Adão não foi expulso do éden, simplesmente nunca nele entrou), mas, com a chegada do homem branco abriram-se de par em par, para os negros, as portas do inferno.

Essas portas continuam implacavelmente abertas, gerações e gerações de africanos têm sido lançados à fogueira perante a mal disfarçada indiferença ou a impudente cumplicidade da opinião pública mundial.

Um milhão de negros mortos pela guerra, pela fome ou por doenças que poderiam ter sido curadas, pesará sempre na balança de qualquer país dominador e ocupará menos espaço nos noticiários que as quinze vítimas de um serial killer.

Sabemos que o horror, em todas as suas manifestações, as mais cruéis, as mais atrozes e infames, varre e assombra todos os dias, como uma maldição, o nosso desgraçado planeta, mas África parece ter-se tornado no seu espaço preferido, no seu laboratório experimental, o lugar onde o horror mais à vontade se sente para cometer ofensas que julgaríamos inconcebíveis, como se as populações africanas tivessem sido assinaladas ao nascer com um destino de cobaias, sobre as quais, por definição, todas as violências seriam permitidas, todas as torturas justificadas, todos os crimes absolvidos.

Contra o que ingenuamente muitos se obstinam em crer não haverá um tribunal de Deus ou da História para julgar as atrocidades cometidas por homens sobre outros homens. O futuro, sempre tão disponível para decretar essa modalidade de amnistia geral que é o esquecimento disfarçado de perdão, também é hábil em homologar, tácita ou explicitamente, quando tal convenha aos novos arranjos económicos, militares ou políticos, a impunidade por toda a vida aos autores directos e indirectos das mais monstruosas acções contra a carne e o espírito.

É um erro entregar ao futuro o encargo de julgar os responsáveis pelo sofrimento das vítimas de agora, porque esse futuro não deixará de fazer também as suas vítimas e igualmente não resistirá à tentação de pospor para um outro futuro ainda mais longínquo o mirífico momento da justiça universal em que muitos de nós fingimos acreditar como a maneira mais fácil, e também a mais hipócrita, de eludir responsabilidades que só a nós nos cabem, a este presente que somos.

Pode-se compreender que alguém se desculpe alegando: “Não sabia”, mas é inaceitável que digamos: “Prefiro não saber”. O funcionamento do mundo deixou de ser o completo mistério que foi, as alavancas do mal encontram-se à vista de todos, para as mãos que as manejam já não há luvas bastantes que lhes escondam as manchas de sangue. Deveria portanto ser fácil a qualquer um escolher entre o lado da verdade e o lado da mentira, entre o respeito humano e o desprezo pelo outro, entre os que são pela vida e os que estão contra ela. Infelizmente as coisas nem sempre se passam assim.

O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses. Em tais casos não podemos desejar senão que a consciência nos venha sacudir urgentemente por um braço e nos pergunte à queima-roupa: “Aonde vais? Que fazes? Quem julgas tu que és?”.

Uma insurreição das consciências livres é o que necessitaríamos. Será ainda possível?"

http://caderno.josesaramago.org/2009/08/11/africa/

domingo, 25 de outubro de 2009

Cadê os posts?

Tenho recebido muitas reclamações por não estar postando diariamente no Blog.

Sorry!

Minha rotina está pesada atualmente. Mental e fisicamente falando... Tenho acordado todos os dias às 5h30 para conseguir pegar o trem pra Newcastle. Chegando lá, faço uma caminhada de 30 minutos até a escola. Minha aula termina às 14h30, mas fico por lá estudando até às 15h40. Depois, uma nova caminhada (que está me fazendo super bem. Acho que se não fosse isso já estaria igual às autralianas...) e um novo trem de volta a Singleton. Então, chego em casa por volta das 17h30 super cansada. Com a mente esgotada...

Mas tá valendo a pena o esforço...

A viagem de trem até Newcastle dura uma hora e é super tranqüila. Vejo cangurus durante boa parte do tempo. Eles ficam, geralmente em fazendas, ao lado da ferrovia. Convivem tranquilamente com outros animais. Já as pessoas não gostam deles. Para muitos australianos esse bicho já virou uma praga. Tipo cachorro ou pombo no Brasil. E eles podem ser abatidos sem problema algum. Desde que a pessoa tenha porte de arma...

Além disso, é comum a gente ver avisos na maioria das rodovias dizendo que para termos cuidado, pois os cangurus atravessam o tempo todo de um lado pro outro causando inúmeros acidentes.

No mais, estou tendo boas experiências e vou tentar contar um pouquinho mais. Be patient with me!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Singleton

Nesse final de semana nos mudamos para Singleton. Uma cidadezinha que fica a uns 76 km de Newcastle. Não tem nada pra se fazer aqui. As pessoas desaparecem no final de semana. E acho que descobrimos para onde elas vão...


Agora estamos realmente no Hunter Valley. Região famosa por seus inúmeros vinhedos e vinhos de alta qualidade.

Saímos de carro no domingo para aproveitar um pouquinho da vida no campo, fazer um programa diferente e a apenas 20 minutos da nossa nova casa.

Eu que não sou amante de vinhos adorei o passeio. Quem gosta vai ficar enlouquecido!!! E bêbado... Em todos os lugares você é convidado para experimentar a enorme variedade de vinhos brancos, tintos e alguns licores. E nos fomos em cinco....

Conhecemos um vinhedo onde, além dos vinhos, eles fabricavam maravilhosos azeites de oliva combinados com alho, pimenta, limão, e mais uma infinidade de sabores. As geléias então... Cada uma mais saborosa que outra. Valeu a pena levar pra casa um pouquinho de cada uma dessas delícias!!!


Quem vier para essa região da Australiana, aconselho reservar pelo menos um final de semana para fazer esse passeio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Valeu a pena!

Sidney é uma cidade incrível! Uma grande metrópole repleta de pessoas de todas as nacionalidades possíveis. O mix cultural é gigantesco. E isso torna a cidade ainda mais interessante. Pelo menos ao meu ver. Já que adoro lugares com um “quê” de torre de babel...

Fomos de trem. Gastamos em torno de 2h40 pra chegar em Sidney e pagamos 18 dólares pelo ticket. A viagem foi muito agradável, apesar de pararmos em umas 20 estações antes do nosso destino final.


Tivemos muito pouco tempo pra conhecer a cidade. Na verdade foram menos de 24 horas. Então, decidimos focar em alguns locais mais turísticos e próximos um do outro.

Primeiro fomos a Sidney Tower . Essa torre foi construída em cima de um shopping Center e tem em torno de 305 metros de altura. No último nível fica o observatório. Lá de cima você consegue ver Sydney em 360 graus. A torre também possui restaurantes e cafés com vista panorâmica para a cidade. Uma experiência muito bacana. Aqueles mais aventureiros também podem fazer um passeio do lado de fora da torre – Skywalk. Eu não me atrevi já que o vento estava forte demais.

Seguimos então para o Opera House. A visão do lugar quando você chega é incrível... Imenso e com uma arquitetura única. Dizem que a intenção do arquiteto foi fazer com o telhado do lugar parecesse com uma laranja ao ser descascada... Bem, lá existe um complexo de teatros e salões interligados, além de restaurantes, gift shops e espaços para exposições de arte.

De lá temos uma bela vista para a Sydney Harbour Brigde, que foi construída na época da depressão econômica (final da década de 20) e com uma engenharia bem moderna pra época. Na ponte é possível fazer uma caminhada guiada de 3 horas por sua estrutura até o topo do seu arco. Acho que teria gostado disso, mas como não tínhamos tempo bastante, ficou pra próxima vez...


Do outro lado da ponte vistamos a região do The Rocks, que tem esse nome em função dos penhascos que dominavam a paisagem no passado. Foi a partir dessa área que Sydney se desenvolveu. O lugar é repleto de prédios históricos. Além disso, tem uma feirinha de artesanato que acontece todos os sábados. Lá você consegue comprar roupas de jovens estilistas locais, arte aborígene, ervas chinesas, artigos de decoração entre outros tantos badulaques... E os pubs...

Parecia que eu estava em BH!!! Tomamos cerveja em vários deles. Descobrimos que um deles, The Hero Waterloo, era um lugar muito freqüentado por capitães de navios. Segundo a lenda, eles esperavam os homens se embebedarem, empurravam-nos para um porão e os levavam por túneis até os navios que estavam ancorados. Quando os bêbados davam por si, no dia seguinte, já eram marinheiros recrutados e estavam em alto mar. Esse pub, frequentado em sua maioria, pelos alternativos, é bem charmoso e aconchegante.

Passeamos também pelo Darling Harbour, um local que no passado tinha sido um pólo industrial de carga e que, após o surgimento dos conteiners ficou abandonado até a década de 80. A recuperação do local ficou show. Principalmente quando você vê as fotos antigas. Atualmente, o Darling Harbour possui uma área de 540 mil m2 que oferece inúmeras opções de lazer como passeios de barco, shows ao ar livre, restaurantes incríveis, parques, jardins temáticos, centro para exposições, etc.

Como estávamos lá, aproveitamos para conhecer o Acquarium. Um enorme tanque cortado por passarelas de vidro. Lá você pode ver inúmeros tubarões, tartarugas, arraias, peixes lindos, dugongos, pingüins, entre diversos que não consegui saber o nome. Valeu a pena!



No caminho de volta para a Central Station, passamos no Paddy’s Market. Esse é o mercado mais antigo e mais famoso da cidade. É como se fosse uma mistura shopping Oi com mercado central, em BH. Lá você encontra de tudo. Roupas de ponta de estoque, produtos elétricos, artigos de couro de canguru, utensílios domésticos, comida e bichos de estimação.

Também visitamos algumas galerias de compra belíssimas como a Strand Arcade, inaugurada em 1892. O interior dela ainda mantém o requinte original. Lá você consegue encontrar boas lojas e cafés maravilhosos.

Bom, foi muito pouco tempo pra ver muita coisa. E tem alguns detalhes da cidade como o contraste arquitetônico (moderno/colonial) que dá um charme todo especial ao lugar; ou o bairro de Chinatown, que infelizmente só conhecemos superficialmente; e mais uma infinidade de coisas que só vendo pessoalmente pra entender. Não cabe no papel.


Fotos em paulohorta.blogspot.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dicas

Este final de semana iremos para Sidney.

Se alguém tiver dicas pra gente...

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Por falar em dicas...

Quem quiser entender um pouquinho mais sobre as mulheres moçambicanas recomendo o livro "Niketche", escrito por Paulina Chiziane.

Apesar de ter achado o estilo de escrever dela um pouco cansativo, é um aprendizado e tanto sobre a cultura que permeia a vida dessas mulheres nesse país. Tanto as do norte quanto as do sul...

Não sei se o livro será facilmente encontrado no Brasil. Eu mesma tive dificuldades para achá-lo em Moçambique, já que a última edição parece estar quase que completamente esgotada...

domingo, 4 de outubro de 2009

Giro pela cidade

Há quanto tempo eu não via uma chuva, nem um chuvisco sequer... Acredito que já tinham uns três meses. E a bendita foi aparecer logo ontem... No dia em que resolvemos fazer um tour pela costa de Newcastle.

Uma pena! Se tivesse sol o passeio teria sido muito mais bacana.

Descobrimos que a cidade possui uma arquitetura muito bonita. Vários prédios históricos foram reformados pela prefeitura, depois do terremoto, e estão muito bem conservados. Aqui também existem muitas galerias de artes com novas exposições a cada dia. Principalmente de arte contemporânea.

A caminhada pelo centro da cidade foi muito prazerosa. Nem a insistente garoa e o vento conseguiram apagar o charme de vários coffee shops e restaurantes que vimos (é o que mais se tem por lá).

Também passeamos por algumas praias. E mesmo com o tempo ruim deu pra perceber elas são lindas e limpas. Mas ainda não consegui formar uma opinião sobre a piscina construída nas pedras. Como a maré estava alta, não dava pra distinguir o que era ou não mar. Mas ela é, no mínimo, muito interessante.


Ontem teríamos a oportunidade de sentar próximo ao porto e ficar a ver navios... Mas como o clima não ajudou, o jeito foi passar o tempo vendo vitrines. Fomos a um dos maiores shoppings de Newcastle: Kotara Shopping. Muito grande mesmo. Lojas de várias partes do mundo. Mas aqui não é um bom lugar pra compras. Principalmente para roupas. A moda australiana é bem diferente do que o brasileiro está acostumado. Você tem que garimpar muito pra encontrar algo com uma cara mais internacional. Exceção, claro, pra as marcas globais. Outro problema com relação à roupa são os tamanhos. As australianas, seguindo a tendência das americanas, são bem gordinhas. E adoram um hambúrguer, comida pronta, tomar um litro de suco no café da manhã. O segredo da “saúde” desse povo está batata frita e no bacon. Essas opções não ficam de fora nem na salada... Mas, voltando pro assunto... Os eletrônicos e afins também não possuem um preço muito diferente do que encontramos no Brasil. Enfim, aqui não é Miami ou New York...

O que mais gostei de conhecer foi a arte dos aborígenes australianos. Infelizmente, só consegui ver apenas algumas peças bordadas por eles, algumas bijouterias e cestos que estavam a venda em uma das galerias de arte. Incrível a criatividade, os desenhos típicos, as cores, o tipo de linha que usam. Adorei!!! Tentamos ver mais desse artesanato, mas o lugar que expõe estava fechado hoje. Mas pretendo voltar lá...

No geral, foi um bom passeio. Deu pra conhecer um pouquinho mais da história dessa cidade um tanto quanto diferente...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Isso é democracia

Ontem assisti a comercial na tv que me impressionou.

Assim como em todos os lugares do mundo, aqui, as pessoas também estão preocupadas com as mudanças climáticas, emissão de gases poluentes, etc.

Para tentar amenizar o problema, o governo australiano decidiu criar um novo imposto para as industrias que contribuem para a emissão de CO2.

Agora, o que me surpreendeu, foi a reação das mineradoras de carvão. Como elas serão muito afetadas com essa resolução, decidiram colocar um comercial no ar, explicando o problema para a população.

O vídeo, entre outras mil coisas, diz que o carvão australiano irá perder competitividade em função do preço, que irá aumentar; que muitas empresas irão fechar as portas e o desemprego será enorme no país. E pedem apoio popular. Solicitam que, aquelas comunidades ou pessoas que dependem da industria do carvão, enviem um email para o governo informando que também não concordam e não querem esse novo imposto. E terminam o vídeo dizendo: Cut emissions No Jobs.

Achei fantástico! Quando iríamos assistir esse tipo de comercial no Brasil? Acredito que não nos próximos 7 anos....

Quem quiser ver o vídeo na íntegra basta clicar aqui.

Nostalgia

Só por hoje eu queria:

- escutar um bom samba,
- tomar uma cerveja com os amigos,
- conversar fiado com minha família,
- comer arroz, feijão temperado com alho, ovo frito, alface e tomate picadinho,
- ver o por do sol no Buritis,
- comer um pão de sal quentinho,
- tomar um café coado na hora,
- assistir o Faustão e depois o Fantástico (viram o que exilio faz com a gente...)
- pegar um engarrafamento na Mário Werneck,
- brincar com minha cachorra,
- ter alguém pra arrumar minhas coisas (saudades da efigênia...)

Só isso já me faria a pessoa mais feliz desse mundo...


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um pouquinho de Newcastle

Bom, para os interessados em conhecer a Austrália, sugiro, que não comecem por Newcastle.

Apesar de ser a segunda maior cidade do estado de New South Wales e ter cerca de meio milhão de habitantes, as únicas atrações que conseguimos perceber até o momento são: a proximidade com Sidney (167 km) e preços mais em conta para hospedagem e alimentação.

Nos guias sobre a cidade, recomendam que os visitantes conheçam um lugar chamado Blackbutt Reserve. Uma grande reserva com inúmeros pássaros, emas, cangurus e coalas (é o que dizem). Pois bem, fomos lá hoje. Que decepção! É um mini-zoo. Atração infantil... Vimos um canguru, uns poucos coalas, três cacatuas e meia dúzia de outros pássaros. Valeu pelos Coalas, né?!! Mas, por sorte, nossa visita ao lugar se deu em função de uma atividade da escola de inglês. Assim não perdemos tempo ...


Mas, ainda há três lugares que quero visitar para ver se são realmente tudo o que falam. A piscina natural encravada nas pedras à beira mar, que foi construída pelos presidiários ingleses, na época em que Newcastle era uma colônia penal; o Lake Macquarie, maior lago de água salgada da Austrália e o Museu Marítimo, que fica no Fort Scratchley.

Agora, uma coisa que achei super curiosa, não sei se é porque venho de uma cidade sem mar, mas já vi várias pessoas na área portuária observando o entra e sai de inúmeros e gigantescos navios. Não sei se é pra driblar a falta do que fazer ou se por hobby mesmo. Na verdade, acho que, da mesma forma que tem gente que gosta de ver aviões chegarem e partirem, o passatempo aqui é ficar a ver navios. Ainda quero ir lá para ter a mesma sensação, srrsrsrsrs....

Bem, mas, segundo nos disseram, depois de uma grande crise, iniciada há 20 anos atrás, devido a um terremoto que destruiu boa parte da cidade e fez com que muitos se mudassem, Newcastle se recupera mais a cada ano. E vem recebendo grandes investimentos privados. Então, a tendência é melhorar nos próximos dois anos. Quem sabe nessa época ela não se torne uma cidade com atrativos realmente turísticos...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aqui não tem moleza, não!

Estamos hospedados em um lodge. E aqui temos que colocar a mão na massa...

O quarto não é arrumado todo os dias. Você faz sua cama. Com 2 doláres você coloca sua roupa na máquina de lavar e com mais 2, na máquina de secar. Passar? It's up to you... O café da manhã, almoço e jantar também é por sua conta. Eles te oferecem uma cozinha equipada para que possa guardar e conservar seus alimentos e preparar sua comida.

Na semana que vem iremos para um outro hotel, mas o sistema será o mesmo. A única vantagem é que a cozinha, lavandaria e sala serão privativas.

Vida fácil aqui? Acredito que só em resorts...
Fazendo supermercado no woolworths

domingo, 27 de setembro de 2009

Nossa saga

Bom, fiquei de contar como foi a viagem pra cá. Então lá vamos nós...

Saímos do nosso hotel em Tete na quarta-feira, 7h, apesar do vôo estar marcado para 9h40. Como estávamos enfrentando o problema de travessia da ponte, não sabíamos se iamos gastar meia hora ou duas no engarrafamento. Então a opção foi sair cedo mesmo rumo ao aeroporto, levando 4 malas gigantes...

Fizemos um check-in tranquilo, sem a necessidade de pagar excesso de bagagem nem nada....

Após 2h de vôo, aterrizamos em Maputo. Nosso partida para Sidney seria só no dia seguinte. Então passei a tarde só organizando malas e comprando coisinhas pra tornar o vôo menos desagradável.

Na quinta cedo começamos a batalha. Primeiro um avião de Maputo para Johanesburgo. Tivemos que pagar uma grana devido ao excesso de bagagem. Quando viemos do Brasil pra Moçambique nos foi permitido levar 2 malas de 32 kg cada. Imaginamos que essa seria a regra para todos os vôos internacionais da South Africa. Mas qual foi a surpresa? Só poderíamos embarcar 2 malas de 23 kg. Resultado: preju total!

Tirando esse percalço, gastamos apenas uma hora de vôo para chegar a Johanes. Mas lá, foram 5 horas de chá de cadeira... Só embarcamos às 18h. E ainda tivemos que esperar cerca de uma hora dentro do avião, que era um 747-400. Agora imagina aquele monstro entupido de adultos, crianças, e com um banco que mal cabe uma pessoa magra... Foi nesse clima que passamos 12h rumo a Sidney.

Quando desembarcamos já sentimos o peso do fuso horário. Mas ainda tivemos força para passar pela imigração, retirar nossas bagagens na esteira, passar pela alfândega, trocar US dolar por Australian dolar, achar o lugar onde se pegava o táxi e ir para o terminal doméstico do aeroporto de Sidney, que fica a 10 minutos de carro do terminal internacional. Fazer um novo check-in, despachar novamente as malas, pagar novamente excesso de bagagem e se preparar psicologicamente para mais um vôo. Tudo isso teve que ser feito em menos de uma hora, senão iamos perder esse avião pra Newcastle.

Felizmente conseguimos e com mais uma hora estávamos em Newcastle. Aterrisamos às 17h40.

Ai reunimos forças novamente para pegar todas as nossas malas e acharmos um taxi. Por sorte, os táxis aqui possuem um porta-malas enorme. E não tivemos problema.

Agora é acostumar com o fuso (ainda não consegui) e pegar fluência no inglês (e o inglês de australiano não é fácil não...).

sábado, 26 de setembro de 2009

Qual é a capital do Brasil?

Diálogo com uma australiana que está no mesmo lodge que a gente:

Ela: I spent six month in Brazil!

Nós: Where in Brazil?

Ela: Buenos Aires!!!

Nós: rsrsrsrsrs

Típico, né?!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Chegamos

Australia!

Depois de 24h de batalha, chegamos em Newcastle!

Estou morta!!!!! Fuso de 13h em relação ao Brasil e 8h em relação a Moçambique...

Depois dou notícias!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quase uma africana

Bom, como todas as capulanas compradas já estão na mala, prontas para embarcarem pra Austrália, vou tentar atender, parcialmente, aos pedidos, publicando uma outra foto.

Não resisti a tentação de experimentar essa blusa encomendada por uma moçambicana. Ela foi feita a partir de uma capulana. Apesar de não me apetecer muito, esse tipo de vestimenta é super tradicional aqui.
Quando voltar, vou encomendar uma também. Com outro design, claro.



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cena de Tete


domingo, 20 de setembro de 2009

Capulanas

Ser mulher aqui em Tete não é fácil. Não digo por mim. Mas sim pelas moçambicanas... Imagino que eu não sobreviveria uma semana nessa rotina de trabalho pesado. Resumindo: são elas que fazem tudo! Cuidam das machambas, da casa, dos filhos, cozinham e carregam o mundo em cima de suas cabeças. Não sei como conseguem... Só não as vi levando cabrito na cabeça - essa parte fica pros homens, que o levam nas bicicletas, amarrado nas costas ou então no braço mesmo.

Os homens são um capítulo a parte. Ou têm um trabalho ou não fazem nada. E ainda colocam a mulher para andar atrás deles carregando menino, papagaio, lenha, carvão... Cultura, né?!! Fazer o quê?!!

E elas estão sempre em suas capulanas, que são panos super coloridos que servem para várias coisas: usar como saia, amarrar como lenço na cabeça, cobrir defunto, carregar doentes, transportar crianças, etc.

Me disseram que não há presente melhor para uma mulher daqui do que ganhar uma capulana. Todas têm uma história – foi dada por um pretendente, pelo marido, pelo genro quando quis namorar a sua filha, enfim... E são passadas de mãe pra filhas, como herança.

Algumas estampas também possuem significado especial. Tem umas que são usadas apenas por mulheres mais velhas, outras apenas em cerimônias, etc.

Esse final de semana comprei um mundo de capulanas. Confesso que fiquei um pouco decepcionada. O pano vem engomado e sem acabamento. Mas lá me ensinaram que basta lavar com um pouco de sal (já que desbota um pouco na primeira lavagem) que o tecido fica solto. Depois é só fazer bainha, caso queira usar como uma canga ou então soltar a criatividade. Dá pra enfeitar o sofá, emoldurar, fazer capas para almofadas, entre milhões de outras coisas.

Enfim, tem muita gente que já pode colocar a cabeça pra funcionar, pois as capulanas chegam ao Brasil no final do ano!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tete em festa

Esse final de semana Tete estava em festa.

Foi montado um palco em frente ao nosso hotel para um show de música. Tudo devidamente patrocinado pela Vodacom, operadora estatal de telefonia celular. Não sei se já falei sobre isso. Mas aqui existem duas operadoras. A segunda é a MCel.

Acho uma sacanagem o que elas fazem. Chegam em bairros pobres, de preferência aqueles que ficam próximos da estrada, e se oferecem para pintar as casas com a cor e o logotipo da empresa. Fica uma coisa muita bizarra! Pena que não tenho uma foto para postar...

Pois então, nesse dia descobri que os eventos moçambicanos são iguais aos brasileiros. Nunca começam na hora marcada. Já o povo não. Às 17h, em ponto, a multidão já estava a postos. Achei estranho marcarem o inicio do evento para esse horário. Afinal, a essa hora o sol ainda estava a pino e o calor infernal. Mas...

Geralmente, estou acostumada a ver a população usando roupas mais antigas, nem sempre tão limpas. Mas nesse dia... As pessoas estavam usando “trajes de gala”. Roupas muito bem passadas, limpíssimas! Me senti em dia de festa no interior de Minas, só que sem as famosas barraquinhas... Quem já participou sabe exatamente o que estou dizendo.


Mas, conforme previsto, o show só foi começar tarde da noite. Quando o vento começou a soprar. Isso pra alivio dos cantores e infelicidade do público, que a essa hora já estava suado e cansado.
Resolvemos não participar da festança popular... Mas também não dava pra ficar em casa, pois o palco estava a dois metros da nossa janela. Saímos para jantar rezando pra que na volta, a nossa querida Tete já tivesse se retornado para sua tranqüilidade e paz habitual. Senão, adeus noite de sono...


Era meia noite quando voltamos. A multidão já estava se dispersando, quando vimos alguns adolescentes correndo em nossa direção. Ficamos paralisados. Nós, os aliens, não estávamos entendendo nada. Até que um local diz: Polícia de choque!!! De repente aparece um policial com um mega fuzil na mão segurando um menino pelo pescoço. Ai que eu não entendi nada mesmo!!!! Não acredito que o garoto tenha feito algo de muito grave para merecer tamanha confusão. Pois, pelo que já vi dos adolescentes daqui, eles não têm aquele espírito rebelde e, muitas vezes destruidor, dos teenagers brasileiros... Desconfio mesmo é que a política seja tolerância zero... Mas, bom saber, né?!!! Eu e minha curiosidade típica estávamos nos coçando pra ir lá perguntar o que estava acontecendo, porque toda aquela confusão, etc... Mas, como tenho o bom senso do meu lado também... Preferi não me arriscar.

No dia seguinte, não descobrimos nada sobre o garoto (tô me coçando até agora), mas ficamos sabendo que a propaganda eleitoral já estava liberada... (Será que aquele show foi apenas uma cortesia?!!! Política é igual em todo lugar do mundo...) Como já contei em outro post, as eleições acontecem no final do mês de outubro.

Assim que saímos na rua percebemos a movimentação. Carreatas, cartazes nos muros, manifestações populares, bandeiras nos carros e a velha e boa camiseta sendo usada pela maioria das pessoas. Todo mundo empolgadíssimo com toda aquela agitação. E, geralmente, domingo é um dia morto por aqui...

A primeira vista parece muito com o que temos no Brasil. Mas, a forma como as pessoas encaram as eleições (principalmente porque vivenciaram uma guerra civil), a forma de se manifestarem em prol ou contra um candidato é muito peculiar. Infelizmente não poderemos acompanhar esse belo processo “democrático”. Daria um belo estudo de caso...






Kuduro

Para quem estava curioso pra conhecer o Kuduro, segue um vídeo com esse alucinante som africano em versão eletrônica.

A galera é de Angola - Buraka Som Sistema. Mas, nesse vídeo também tem participações de outros músicos famosos aqui no continente.

Sucesso total na europa!!!! Mas acho não pega no Brasil...

P.S: Atenção nas coreografias...


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

E lá vamos nós!

Já está praticamente certo. Iremos pra Austrália dia 23 de setembro.

Ficaremos lá por 2 meses e meio. Depois, um breve pit stop na Colombia e... Brasil!!! Lar doce lar. Mas por apenas 15 dias...

Enfim, 5 de janeiro, nosso destino será Tete novamente.

E por um bom tempo...

sábado, 12 de setembro de 2009

Surreal

Promoção em um supermercado de Maputo!!!

Unbelievable!!!


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O que aconteceu no dia 7 de setembro

Muitas pessoas me perguntaram porque aqui também era feriado no dia 7 de setembro. Então lá vai a resposta coletiva.

Foi nesse dia, no ano de 1974, que Portugal assinou o acordo com a Frelimo – Frente de Libertação de Moçambique, reconhecendo formalmente o direito desse povo à independência. Nesse documento também foi determinado em que termos se daria a transição e a data para a proclamação da república, que aconteceu em 25 de junho de 1975. Dia, propositalmente escolhido, para coincidir com o aniversário da fundação da Frelimo, que lutou por 10 anos pela independência do país.

Só que, infelizmente, o povo não teve paz. Já no ano seguinte começou uma nova guerra, a civil, a partir da criação da Renamo – Resistência Nacional Moçambicana, que teve apoio da antiga Rodésia (atual Zimbabwe) e da Africa do Sul. E assim foi até 1992, quando foi assinado o Acordo de Paz, em Roma.

Claro que as coisas não foram tão simples assim e nem dá pra contar a história de guerra de um povo em poucas linhas, nem é esse o meu propósito... Mas, quem se interessar, existe muito material sobre isso na internet e muitos livros também. Não se serão encontrados no Brasil...

O Paulo está lendo um que é bem completo, mas chato. Pois o livro derivou de uma tese. Chama-se Moçambique em transição.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O nosso feriadão selvagem

Nosso feriado foi perfeito! E tão intenso que não pareceu ser apenas três dias, mas sim, uma semana. O corpo cansou. Agora, a cabeça... Voltou leve e relaxada.

Eu fui pra Maputo na sexta pela manhã. Queria visitar a feira nacional de artesanato que estava acontecendo na cidade. Uma pena eu ainda não ter casa... Tinha tanta coisa linda. Cada escultura... Fiquei enlouquecida querendo tudo. Mas como ainda vamos pra Austrália... Só comprei besteirinhas de uso pessoal mesmo. Mas coisas bem típicas.

O vôo do Paulo atrasou e ele só conseguiu chegar em Maputo às 23h. E no outro dia estávamos de pé às 4h. Saímos bem cedo para conseguir cruzar a fronteira Moçambique/Africa do sul sem maiores problemas. E que guerra é essa travessia...

Carro trazendo produtos da South Africa para Mozambique

Ainda bem que fomos com uma pessoa que entendia todos os processos burocráticos, que são surreais e atrasados. Depois de carimbar o passaporte na fronteira de Moçambique, você anda quinhentos metros e entra na fronteira da Africa do Sul. Após pegar o visto de lá você tem que, olha isso, entrar em uma fila mega desorganizada para conseguir um livro de registro de carro. Preenche a papelada e pega uma nova fila desorganizada para devolver tudo isso...

Eu já comentei sobre a educação dos moçambicanos em relação à filas, né? Então imaginem o que passamos tendo que avisar toda hora que não era correto furar filas... Que nós já estávamos lá há 15 minutos, etc...

Fico imaginando como será tudo isso na época da Copa do Mundo... Eles prometeram construir uma fronteira única. Mas, até momento, ninguém mexeu um dedo a respeito...

Bom, depois dessa luta, rumamos para Neilspruit e White River, duas cidades há 150 km da fronteira. E, já no caminho, notamos que havíamos mudado de país. Pelas estradas víamos plantações imensas, totalmente irrigadas; grandes supermercados e street malls espalhados pela rodovia.



Bem diferente do que se encontra em Moçambique... Afinal aqui, a maioria das frutas que comemos e produtos que compramos veem da Africa do Sul. Não dá pra acreditar, mas é assim...
Quando chegamos a Neilspruit fiquei impressionada com a limpeza e organização da cidade. E a quantidade de brancos e loiros do olho azul... Amazing!!! Em White River foi a mesma coisa.

A tarde fomos para o Krugger Park fazer nosso Safari noturno. Apesar de ter gostado, não recomendo. Vimos muitos animais. Mas na escuridão é difícil achá-los. Tínhamos uma espécie de holofote nas laterais do carro. E era com eles que fazíamos a busca dos bichos no meio da noite. Quem achava gritava: Stop! Foi uma boa experiência. Mas nada que me emocionasse tanto. A não ser o maravilhoso por do sol no meio da savana!


Já no dia seguinte... Ai sim!!! Fizemos um safári de 8 horas. Vimos elefantes, rinocerontes, javalis, impalas, hipopótamo, crocodilos, girafas, antílopes e vários outros bichos que nem sei o nome. E que emoção vê-los em seu ambiente natural!!

Mas o que todo mundo queria mesmo era ver os leões. A primeira vez que avistamos um foi por meio da percepção e experiência do nosso guia. Tinha um grupo de impalas pastando, quando, de repente, todas elas ficaram com a orelha em pé. Ele logo sacou que algum predador estava por perto. E era o tão esperado leão e seu bando. Mas eles estavam bem distantes e só conseguimos ver com binóculo.

Ficamos satisfeitos com aquela pequena aparição e, pelo que o guia nos falou, acreditávamos que nossa cota de leões já estava encerrada.

Mas, passando por um casal, eles nos informaram que tinham acabado de ver alguns leões próximo às pedras. Rapidamente rumamos pra lá. E conseguimos ver de pertinho esse bicho. Lindo demais!!!

Quando achamos que tudo já tinha sido perfeito, alguém do grupo grita Stop! Eles tinham avistado um grupo de leoas. Quando olhamos mais para frente, advinha o que vimos? Um grupo de impalas! E estavam a favor do vento... Na hora, o guia desligou o carro e disse: elas vão caçar. Todos nós ficamos agitados. O bando começou a preparar a sua estratégia de ataque, que incluía a presença de uma leoa ao lado do nosso carro!!!! Que medo!!!! O guia nos orientou a ficarmos mudos e não fazermos movimentos bruscos. Ela estava a três metros da gente!!! Era só pular e teria comida fácil...


E foi nesse momento que as leoas foram surpreendidas pelos impalas. Elas estavam preparadas para atacá-las e não para serem contra-atacadas. Os impalas presentiram a presença do predador e correram em sua direção, não sei se por estratégia ou burrice. As leoas ficaram desnorteadas. Não esperavam isso! Foi ai que a caça teve início. Igual na TV! Só que ao vivo! Na minha frente! Emoção pura! E eu, lógico, torcendo pelo impala! Deu certo. UFA! Elas não conseguiram pegar o animal.

Todo mundo ficou em êxtase total!!! Ganhamos o dia!!!

Tivemos outros momentos emocionantes também como um elefante que sapateou em frente ao jipe, pois queria atravessar a estrada com sua manada. O guia engatou a ré e nos distanciamos antes que ele visse pra cima da gente... Pra contar tudo daria uns dois dias de conversa...

Valeu muito a pena e recomendo pra todo mundo. É uma emoção única! Disseram que fomos sortudos, já que tem pessoas que vieram sete vezes ao park para conseguir ver tudo isso que vivenciamos em um só dia!