quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ops!!!

Como estávamos com excesso de bagagem, resolvemos enviar uma mala com 25 kilos para o Brasil. Colocamos dentro dela apenas roupas velhas, alguns livros, DVDs e TODAS as capulanas.

Segundo o cara da empresa australiana, é comum enviar esse tipo de coisa para outros países, sem problema algum. Você só precisa fazer uma lista com os seus pertences e colocar preço em cada um.

Ficamos preocupados com a alfândega brasileira, mas como não tinha nada de valor lá dentro e  tínhamos feita a lista, ingenuamente, achamos que estava tudo ok.

Não é que eu recebo hoje um email da empresa dizendo que nossa mala está presa na alfândega do Brasil e para liberá-la eles querem um email da nossa embaixada na Austrália autorizando o envio da mercadoria... Ainda não conseguimos falar com TNT no Brasil pra entender direito a situação, mas até imagino o trabalho que isso vai dar...

Resultado: se tiver burocracia demais pra resolver esse problema, vamos largar a mala lá. E... todo mundo vai ficar sem capulana...

Então, torçam!!!! 

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eleições em Moçambique

Agora que me dei conta. Senão me engano, amanhã é dia de eleições em Moçambique.

Queria muito estar lá para presenciar esse dia... Acredito que deva ser muito parecido com o que acontece no interior do Brasil... Mas seria bom vivenciar tudo isso.

Apesar da minha certeza sobre o resultado da votação, espero que essa eleição não traga consequências ainda mais desastrosas para esse país que ainda está aprendendo a andar...

Coisas que mais gosto

As três melhores coisas da Austrália, pelo menos em New South Wales:

- Transportes públicos

Aqui, eles são perfeitos. Não tem essa de ver gente dependurada do lado de fora de ônibus ou trens. E a timetable é seguida a risca. Os veículos são confortáveis e na medida certa pra transportar aquela quantidade de pessoas em cada horário.

Pego o trem duas por dia. Nunca tive problemas com atraso ou falta de lugares. Estão sempre limpos e são cercados por regras. E se você acha que alguém está tendo algum comportamento estranho ou infrigindo alguma das inúmeras normas, basta ligar para um determinado número e na mesma hora os seguranças chegam. Achei isso incrível, pois presenciei uma cena dessa. O trem parou em uma estação e de repente vi chegar em torno de 3 seguranças. Todos olhando seriamente pra dentro dos vagões, procurando algo. Em menos de 1 minuto eles estavam retirando dois jovens de dentro do trem. Pelo que pude perceber, os garotos estavam bebendo e incomodando as pessoas às 6h da manhã...

O preço do transporte público também tem um bom custo-benefício. Eu pago A$ 54,00 por semana para rodar 150 km por dia. Você compra o bilhete e não precisa validá-lo em nenhuma máquina ou mostrar pra alguém, não. Aqui tudo é na base da confiança. Vez ou outra vai vir um guardinha pedindo pra vero ticket. Comigo só aconteceu uma vez...

Já os ônibus, eu nunca usei. Mas conversei com muita gente que usa e não ouvi reclamações.

- Educação no trânsito

Até hoje não vi ninguém enfiando a mão na buzina por mero prazer ou apenas pra mandar o carro da frente andar mais rápido. Se você precisa cruzar uma avenida sem sinal de trânsito e isso é permitido, ninguém fica te pressionando com aquele barulho ensurdecedor. Todo mundo espera atrás, calmamente.

E se um pedestre coloca o pé na faixa, os carros param. Agora, se você tentar atravessar fora dela... Com certeza será atropelado.

Também não espere direção defensiva. Isso não existe, aqui. Todo mundo acredita e confia cegamente que ninguém (veículos e pedestres) irá infrigir as leis.

Nós passamos por uma situação constrangedora outro dia, exatamente por isso. Como não estávamos acostumados com o trânsito de Newcastle, não percebemos que deveríamos ter pegado o faixa da direita ao parar o carro no sinal. Quando caiu a ficha, resolvemos mudar de lado. E não é que vinha um táxi atrás... O cara ficou puto, já que ele quase bateu em nosso carro. Afinal, aqui ninguém espera que você vá mudar de direção de uma hora pra outra.

Outro dia quase vi uma japonesa morrendo. Ela estava tentado cruzar uma rua em local proibido. Estava perdida, coitada. Ninguém teve piedade... E ela não conseguiu. Se enfiasse o carro mais um pouquinho pro meio da rua, o céu ou o inferno seria seu destino certo.

- O pavor de incomodar

É sério! As pessoas tem pavor de incomodar as outras. O mantra do australiano é "sorry". Ouço essa palavra 100 vezes quando vou ao supermercado ou saio a rua.

Se alguém para o carrinho em frente a uma prateleira e de repente percebe que você está tentando pegar um produto no mesmo local onde ela estacionou seu troller... Ahhh, a pessoa quase morre de vergonha... Sorry!

Se atrapalham sua entrada na porta de uma loja, isso é o fim do mundo pra eles. Sorry!!!

Esbarrar sem querer em você na rua... nem pensar... Sorry, Sorry!!!

Entrar no carro dentro do estacionamento e não sair logo sabendo que a pessoa ao lado quer abrir a porta... jamais.... Sorry, again!!!

Mas não pensem que é porque eles se preocupam com os outros. É porque eles querem receber em troca o mesmo comportamento. Mas é o tipo de egoísmo que faz bem pra humanidade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saramago

O escrito José Saramago possui um Blog muito interessante intitulado "O Caderno de Saramago". Em agosto ele escreveu um artigo no qual coloca sua visão sobre os frequentes problemas no continente africano e no final faz uma conclusão que vale pra qualquer lugar do mundo...

Vale a pena conferir e refletir.

" Em África, disse alguém, os mortos são negros e as armas são brancas. Seria difícil encontrar uma síntese mais perfeita da sucessão de desastres que foi e continua a ser, desde há séculos, a existência no continente africano. O lugar do mundo onde se crê que a humanidade nasceu não era certamente o paraíso terrestre quando os primeiros “descobridores” europeus ali desembarcaram (ao contrário do que diz o mito bíblico. Adão não foi expulso do éden, simplesmente nunca nele entrou), mas, com a chegada do homem branco abriram-se de par em par, para os negros, as portas do inferno.

Essas portas continuam implacavelmente abertas, gerações e gerações de africanos têm sido lançados à fogueira perante a mal disfarçada indiferença ou a impudente cumplicidade da opinião pública mundial.

Um milhão de negros mortos pela guerra, pela fome ou por doenças que poderiam ter sido curadas, pesará sempre na balança de qualquer país dominador e ocupará menos espaço nos noticiários que as quinze vítimas de um serial killer.

Sabemos que o horror, em todas as suas manifestações, as mais cruéis, as mais atrozes e infames, varre e assombra todos os dias, como uma maldição, o nosso desgraçado planeta, mas África parece ter-se tornado no seu espaço preferido, no seu laboratório experimental, o lugar onde o horror mais à vontade se sente para cometer ofensas que julgaríamos inconcebíveis, como se as populações africanas tivessem sido assinaladas ao nascer com um destino de cobaias, sobre as quais, por definição, todas as violências seriam permitidas, todas as torturas justificadas, todos os crimes absolvidos.

Contra o que ingenuamente muitos se obstinam em crer não haverá um tribunal de Deus ou da História para julgar as atrocidades cometidas por homens sobre outros homens. O futuro, sempre tão disponível para decretar essa modalidade de amnistia geral que é o esquecimento disfarçado de perdão, também é hábil em homologar, tácita ou explicitamente, quando tal convenha aos novos arranjos económicos, militares ou políticos, a impunidade por toda a vida aos autores directos e indirectos das mais monstruosas acções contra a carne e o espírito.

É um erro entregar ao futuro o encargo de julgar os responsáveis pelo sofrimento das vítimas de agora, porque esse futuro não deixará de fazer também as suas vítimas e igualmente não resistirá à tentação de pospor para um outro futuro ainda mais longínquo o mirífico momento da justiça universal em que muitos de nós fingimos acreditar como a maneira mais fácil, e também a mais hipócrita, de eludir responsabilidades que só a nós nos cabem, a este presente que somos.

Pode-se compreender que alguém se desculpe alegando: “Não sabia”, mas é inaceitável que digamos: “Prefiro não saber”. O funcionamento do mundo deixou de ser o completo mistério que foi, as alavancas do mal encontram-se à vista de todos, para as mãos que as manejam já não há luvas bastantes que lhes escondam as manchas de sangue. Deveria portanto ser fácil a qualquer um escolher entre o lado da verdade e o lado da mentira, entre o respeito humano e o desprezo pelo outro, entre os que são pela vida e os que estão contra ela. Infelizmente as coisas nem sempre se passam assim.

O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses. Em tais casos não podemos desejar senão que a consciência nos venha sacudir urgentemente por um braço e nos pergunte à queima-roupa: “Aonde vais? Que fazes? Quem julgas tu que és?”.

Uma insurreição das consciências livres é o que necessitaríamos. Será ainda possível?"

http://caderno.josesaramago.org/2009/08/11/africa/

domingo, 25 de outubro de 2009

Cadê os posts?

Tenho recebido muitas reclamações por não estar postando diariamente no Blog.

Sorry!

Minha rotina está pesada atualmente. Mental e fisicamente falando... Tenho acordado todos os dias às 5h30 para conseguir pegar o trem pra Newcastle. Chegando lá, faço uma caminhada de 30 minutos até a escola. Minha aula termina às 14h30, mas fico por lá estudando até às 15h40. Depois, uma nova caminhada (que está me fazendo super bem. Acho que se não fosse isso já estaria igual às autralianas...) e um novo trem de volta a Singleton. Então, chego em casa por volta das 17h30 super cansada. Com a mente esgotada...

Mas tá valendo a pena o esforço...

A viagem de trem até Newcastle dura uma hora e é super tranqüila. Vejo cangurus durante boa parte do tempo. Eles ficam, geralmente em fazendas, ao lado da ferrovia. Convivem tranquilamente com outros animais. Já as pessoas não gostam deles. Para muitos australianos esse bicho já virou uma praga. Tipo cachorro ou pombo no Brasil. E eles podem ser abatidos sem problema algum. Desde que a pessoa tenha porte de arma...

Além disso, é comum a gente ver avisos na maioria das rodovias dizendo que para termos cuidado, pois os cangurus atravessam o tempo todo de um lado pro outro causando inúmeros acidentes.

No mais, estou tendo boas experiências e vou tentar contar um pouquinho mais. Be patient with me!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Singleton

Nesse final de semana nos mudamos para Singleton. Uma cidadezinha que fica a uns 76 km de Newcastle. Não tem nada pra se fazer aqui. As pessoas desaparecem no final de semana. E acho que descobrimos para onde elas vão...


Agora estamos realmente no Hunter Valley. Região famosa por seus inúmeros vinhedos e vinhos de alta qualidade.

Saímos de carro no domingo para aproveitar um pouquinho da vida no campo, fazer um programa diferente e a apenas 20 minutos da nossa nova casa.

Eu que não sou amante de vinhos adorei o passeio. Quem gosta vai ficar enlouquecido!!! E bêbado... Em todos os lugares você é convidado para experimentar a enorme variedade de vinhos brancos, tintos e alguns licores. E nos fomos em cinco....

Conhecemos um vinhedo onde, além dos vinhos, eles fabricavam maravilhosos azeites de oliva combinados com alho, pimenta, limão, e mais uma infinidade de sabores. As geléias então... Cada uma mais saborosa que outra. Valeu a pena levar pra casa um pouquinho de cada uma dessas delícias!!!


Quem vier para essa região da Australiana, aconselho reservar pelo menos um final de semana para fazer esse passeio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Valeu a pena!

Sidney é uma cidade incrível! Uma grande metrópole repleta de pessoas de todas as nacionalidades possíveis. O mix cultural é gigantesco. E isso torna a cidade ainda mais interessante. Pelo menos ao meu ver. Já que adoro lugares com um “quê” de torre de babel...

Fomos de trem. Gastamos em torno de 2h40 pra chegar em Sidney e pagamos 18 dólares pelo ticket. A viagem foi muito agradável, apesar de pararmos em umas 20 estações antes do nosso destino final.


Tivemos muito pouco tempo pra conhecer a cidade. Na verdade foram menos de 24 horas. Então, decidimos focar em alguns locais mais turísticos e próximos um do outro.

Primeiro fomos a Sidney Tower . Essa torre foi construída em cima de um shopping Center e tem em torno de 305 metros de altura. No último nível fica o observatório. Lá de cima você consegue ver Sydney em 360 graus. A torre também possui restaurantes e cafés com vista panorâmica para a cidade. Uma experiência muito bacana. Aqueles mais aventureiros também podem fazer um passeio do lado de fora da torre – Skywalk. Eu não me atrevi já que o vento estava forte demais.

Seguimos então para o Opera House. A visão do lugar quando você chega é incrível... Imenso e com uma arquitetura única. Dizem que a intenção do arquiteto foi fazer com o telhado do lugar parecesse com uma laranja ao ser descascada... Bem, lá existe um complexo de teatros e salões interligados, além de restaurantes, gift shops e espaços para exposições de arte.

De lá temos uma bela vista para a Sydney Harbour Brigde, que foi construída na época da depressão econômica (final da década de 20) e com uma engenharia bem moderna pra época. Na ponte é possível fazer uma caminhada guiada de 3 horas por sua estrutura até o topo do seu arco. Acho que teria gostado disso, mas como não tínhamos tempo bastante, ficou pra próxima vez...


Do outro lado da ponte vistamos a região do The Rocks, que tem esse nome em função dos penhascos que dominavam a paisagem no passado. Foi a partir dessa área que Sydney se desenvolveu. O lugar é repleto de prédios históricos. Além disso, tem uma feirinha de artesanato que acontece todos os sábados. Lá você consegue comprar roupas de jovens estilistas locais, arte aborígene, ervas chinesas, artigos de decoração entre outros tantos badulaques... E os pubs...

Parecia que eu estava em BH!!! Tomamos cerveja em vários deles. Descobrimos que um deles, The Hero Waterloo, era um lugar muito freqüentado por capitães de navios. Segundo a lenda, eles esperavam os homens se embebedarem, empurravam-nos para um porão e os levavam por túneis até os navios que estavam ancorados. Quando os bêbados davam por si, no dia seguinte, já eram marinheiros recrutados e estavam em alto mar. Esse pub, frequentado em sua maioria, pelos alternativos, é bem charmoso e aconchegante.

Passeamos também pelo Darling Harbour, um local que no passado tinha sido um pólo industrial de carga e que, após o surgimento dos conteiners ficou abandonado até a década de 80. A recuperação do local ficou show. Principalmente quando você vê as fotos antigas. Atualmente, o Darling Harbour possui uma área de 540 mil m2 que oferece inúmeras opções de lazer como passeios de barco, shows ao ar livre, restaurantes incríveis, parques, jardins temáticos, centro para exposições, etc.

Como estávamos lá, aproveitamos para conhecer o Acquarium. Um enorme tanque cortado por passarelas de vidro. Lá você pode ver inúmeros tubarões, tartarugas, arraias, peixes lindos, dugongos, pingüins, entre diversos que não consegui saber o nome. Valeu a pena!



No caminho de volta para a Central Station, passamos no Paddy’s Market. Esse é o mercado mais antigo e mais famoso da cidade. É como se fosse uma mistura shopping Oi com mercado central, em BH. Lá você encontra de tudo. Roupas de ponta de estoque, produtos elétricos, artigos de couro de canguru, utensílios domésticos, comida e bichos de estimação.

Também visitamos algumas galerias de compra belíssimas como a Strand Arcade, inaugurada em 1892. O interior dela ainda mantém o requinte original. Lá você consegue encontrar boas lojas e cafés maravilhosos.

Bom, foi muito pouco tempo pra ver muita coisa. E tem alguns detalhes da cidade como o contraste arquitetônico (moderno/colonial) que dá um charme todo especial ao lugar; ou o bairro de Chinatown, que infelizmente só conhecemos superficialmente; e mais uma infinidade de coisas que só vendo pessoalmente pra entender. Não cabe no papel.


Fotos em paulohorta.blogspot.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dicas

Este final de semana iremos para Sidney.

Se alguém tiver dicas pra gente...

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Por falar em dicas...

Quem quiser entender um pouquinho mais sobre as mulheres moçambicanas recomendo o livro "Niketche", escrito por Paulina Chiziane.

Apesar de ter achado o estilo de escrever dela um pouco cansativo, é um aprendizado e tanto sobre a cultura que permeia a vida dessas mulheres nesse país. Tanto as do norte quanto as do sul...

Não sei se o livro será facilmente encontrado no Brasil. Eu mesma tive dificuldades para achá-lo em Moçambique, já que a última edição parece estar quase que completamente esgotada...

domingo, 4 de outubro de 2009

Giro pela cidade

Há quanto tempo eu não via uma chuva, nem um chuvisco sequer... Acredito que já tinham uns três meses. E a bendita foi aparecer logo ontem... No dia em que resolvemos fazer um tour pela costa de Newcastle.

Uma pena! Se tivesse sol o passeio teria sido muito mais bacana.

Descobrimos que a cidade possui uma arquitetura muito bonita. Vários prédios históricos foram reformados pela prefeitura, depois do terremoto, e estão muito bem conservados. Aqui também existem muitas galerias de artes com novas exposições a cada dia. Principalmente de arte contemporânea.

A caminhada pelo centro da cidade foi muito prazerosa. Nem a insistente garoa e o vento conseguiram apagar o charme de vários coffee shops e restaurantes que vimos (é o que mais se tem por lá).

Também passeamos por algumas praias. E mesmo com o tempo ruim deu pra perceber elas são lindas e limpas. Mas ainda não consegui formar uma opinião sobre a piscina construída nas pedras. Como a maré estava alta, não dava pra distinguir o que era ou não mar. Mas ela é, no mínimo, muito interessante.


Ontem teríamos a oportunidade de sentar próximo ao porto e ficar a ver navios... Mas como o clima não ajudou, o jeito foi passar o tempo vendo vitrines. Fomos a um dos maiores shoppings de Newcastle: Kotara Shopping. Muito grande mesmo. Lojas de várias partes do mundo. Mas aqui não é um bom lugar pra compras. Principalmente para roupas. A moda australiana é bem diferente do que o brasileiro está acostumado. Você tem que garimpar muito pra encontrar algo com uma cara mais internacional. Exceção, claro, pra as marcas globais. Outro problema com relação à roupa são os tamanhos. As australianas, seguindo a tendência das americanas, são bem gordinhas. E adoram um hambúrguer, comida pronta, tomar um litro de suco no café da manhã. O segredo da “saúde” desse povo está batata frita e no bacon. Essas opções não ficam de fora nem na salada... Mas, voltando pro assunto... Os eletrônicos e afins também não possuem um preço muito diferente do que encontramos no Brasil. Enfim, aqui não é Miami ou New York...

O que mais gostei de conhecer foi a arte dos aborígenes australianos. Infelizmente, só consegui ver apenas algumas peças bordadas por eles, algumas bijouterias e cestos que estavam a venda em uma das galerias de arte. Incrível a criatividade, os desenhos típicos, as cores, o tipo de linha que usam. Adorei!!! Tentamos ver mais desse artesanato, mas o lugar que expõe estava fechado hoje. Mas pretendo voltar lá...

No geral, foi um bom passeio. Deu pra conhecer um pouquinho mais da história dessa cidade um tanto quanto diferente...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Isso é democracia

Ontem assisti a comercial na tv que me impressionou.

Assim como em todos os lugares do mundo, aqui, as pessoas também estão preocupadas com as mudanças climáticas, emissão de gases poluentes, etc.

Para tentar amenizar o problema, o governo australiano decidiu criar um novo imposto para as industrias que contribuem para a emissão de CO2.

Agora, o que me surpreendeu, foi a reação das mineradoras de carvão. Como elas serão muito afetadas com essa resolução, decidiram colocar um comercial no ar, explicando o problema para a população.

O vídeo, entre outras mil coisas, diz que o carvão australiano irá perder competitividade em função do preço, que irá aumentar; que muitas empresas irão fechar as portas e o desemprego será enorme no país. E pedem apoio popular. Solicitam que, aquelas comunidades ou pessoas que dependem da industria do carvão, enviem um email para o governo informando que também não concordam e não querem esse novo imposto. E terminam o vídeo dizendo: Cut emissions No Jobs.

Achei fantástico! Quando iríamos assistir esse tipo de comercial no Brasil? Acredito que não nos próximos 7 anos....

Quem quiser ver o vídeo na íntegra basta clicar aqui.

Nostalgia

Só por hoje eu queria:

- escutar um bom samba,
- tomar uma cerveja com os amigos,
- conversar fiado com minha família,
- comer arroz, feijão temperado com alho, ovo frito, alface e tomate picadinho,
- ver o por do sol no Buritis,
- comer um pão de sal quentinho,
- tomar um café coado na hora,
- assistir o Faustão e depois o Fantástico (viram o que exilio faz com a gente...)
- pegar um engarrafamento na Mário Werneck,
- brincar com minha cachorra,
- ter alguém pra arrumar minhas coisas (saudades da efigênia...)

Só isso já me faria a pessoa mais feliz desse mundo...