terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um pouquinho de Newcastle

Bom, para os interessados em conhecer a Austrália, sugiro, que não comecem por Newcastle.

Apesar de ser a segunda maior cidade do estado de New South Wales e ter cerca de meio milhão de habitantes, as únicas atrações que conseguimos perceber até o momento são: a proximidade com Sidney (167 km) e preços mais em conta para hospedagem e alimentação.

Nos guias sobre a cidade, recomendam que os visitantes conheçam um lugar chamado Blackbutt Reserve. Uma grande reserva com inúmeros pássaros, emas, cangurus e coalas (é o que dizem). Pois bem, fomos lá hoje. Que decepção! É um mini-zoo. Atração infantil... Vimos um canguru, uns poucos coalas, três cacatuas e meia dúzia de outros pássaros. Valeu pelos Coalas, né?!! Mas, por sorte, nossa visita ao lugar se deu em função de uma atividade da escola de inglês. Assim não perdemos tempo ...


Mas, ainda há três lugares que quero visitar para ver se são realmente tudo o que falam. A piscina natural encravada nas pedras à beira mar, que foi construída pelos presidiários ingleses, na época em que Newcastle era uma colônia penal; o Lake Macquarie, maior lago de água salgada da Austrália e o Museu Marítimo, que fica no Fort Scratchley.

Agora, uma coisa que achei super curiosa, não sei se é porque venho de uma cidade sem mar, mas já vi várias pessoas na área portuária observando o entra e sai de inúmeros e gigantescos navios. Não sei se é pra driblar a falta do que fazer ou se por hobby mesmo. Na verdade, acho que, da mesma forma que tem gente que gosta de ver aviões chegarem e partirem, o passatempo aqui é ficar a ver navios. Ainda quero ir lá para ter a mesma sensação, srrsrsrsrs....

Bem, mas, segundo nos disseram, depois de uma grande crise, iniciada há 20 anos atrás, devido a um terremoto que destruiu boa parte da cidade e fez com que muitos se mudassem, Newcastle se recupera mais a cada ano. E vem recebendo grandes investimentos privados. Então, a tendência é melhorar nos próximos dois anos. Quem sabe nessa época ela não se torne uma cidade com atrativos realmente turísticos...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aqui não tem moleza, não!

Estamos hospedados em um lodge. E aqui temos que colocar a mão na massa...

O quarto não é arrumado todo os dias. Você faz sua cama. Com 2 doláres você coloca sua roupa na máquina de lavar e com mais 2, na máquina de secar. Passar? It's up to you... O café da manhã, almoço e jantar também é por sua conta. Eles te oferecem uma cozinha equipada para que possa guardar e conservar seus alimentos e preparar sua comida.

Na semana que vem iremos para um outro hotel, mas o sistema será o mesmo. A única vantagem é que a cozinha, lavandaria e sala serão privativas.

Vida fácil aqui? Acredito que só em resorts...
Fazendo supermercado no woolworths

domingo, 27 de setembro de 2009

Nossa saga

Bom, fiquei de contar como foi a viagem pra cá. Então lá vamos nós...

Saímos do nosso hotel em Tete na quarta-feira, 7h, apesar do vôo estar marcado para 9h40. Como estávamos enfrentando o problema de travessia da ponte, não sabíamos se iamos gastar meia hora ou duas no engarrafamento. Então a opção foi sair cedo mesmo rumo ao aeroporto, levando 4 malas gigantes...

Fizemos um check-in tranquilo, sem a necessidade de pagar excesso de bagagem nem nada....

Após 2h de vôo, aterrizamos em Maputo. Nosso partida para Sidney seria só no dia seguinte. Então passei a tarde só organizando malas e comprando coisinhas pra tornar o vôo menos desagradável.

Na quinta cedo começamos a batalha. Primeiro um avião de Maputo para Johanesburgo. Tivemos que pagar uma grana devido ao excesso de bagagem. Quando viemos do Brasil pra Moçambique nos foi permitido levar 2 malas de 32 kg cada. Imaginamos que essa seria a regra para todos os vôos internacionais da South Africa. Mas qual foi a surpresa? Só poderíamos embarcar 2 malas de 23 kg. Resultado: preju total!

Tirando esse percalço, gastamos apenas uma hora de vôo para chegar a Johanes. Mas lá, foram 5 horas de chá de cadeira... Só embarcamos às 18h. E ainda tivemos que esperar cerca de uma hora dentro do avião, que era um 747-400. Agora imagina aquele monstro entupido de adultos, crianças, e com um banco que mal cabe uma pessoa magra... Foi nesse clima que passamos 12h rumo a Sidney.

Quando desembarcamos já sentimos o peso do fuso horário. Mas ainda tivemos força para passar pela imigração, retirar nossas bagagens na esteira, passar pela alfândega, trocar US dolar por Australian dolar, achar o lugar onde se pegava o táxi e ir para o terminal doméstico do aeroporto de Sidney, que fica a 10 minutos de carro do terminal internacional. Fazer um novo check-in, despachar novamente as malas, pagar novamente excesso de bagagem e se preparar psicologicamente para mais um vôo. Tudo isso teve que ser feito em menos de uma hora, senão iamos perder esse avião pra Newcastle.

Felizmente conseguimos e com mais uma hora estávamos em Newcastle. Aterrisamos às 17h40.

Ai reunimos forças novamente para pegar todas as nossas malas e acharmos um taxi. Por sorte, os táxis aqui possuem um porta-malas enorme. E não tivemos problema.

Agora é acostumar com o fuso (ainda não consegui) e pegar fluência no inglês (e o inglês de australiano não é fácil não...).

sábado, 26 de setembro de 2009

Qual é a capital do Brasil?

Diálogo com uma australiana que está no mesmo lodge que a gente:

Ela: I spent six month in Brazil!

Nós: Where in Brazil?

Ela: Buenos Aires!!!

Nós: rsrsrsrsrs

Típico, né?!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Chegamos

Australia!

Depois de 24h de batalha, chegamos em Newcastle!

Estou morta!!!!! Fuso de 13h em relação ao Brasil e 8h em relação a Moçambique...

Depois dou notícias!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quase uma africana

Bom, como todas as capulanas compradas já estão na mala, prontas para embarcarem pra Austrália, vou tentar atender, parcialmente, aos pedidos, publicando uma outra foto.

Não resisti a tentação de experimentar essa blusa encomendada por uma moçambicana. Ela foi feita a partir de uma capulana. Apesar de não me apetecer muito, esse tipo de vestimenta é super tradicional aqui.
Quando voltar, vou encomendar uma também. Com outro design, claro.



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cena de Tete


domingo, 20 de setembro de 2009

Capulanas

Ser mulher aqui em Tete não é fácil. Não digo por mim. Mas sim pelas moçambicanas... Imagino que eu não sobreviveria uma semana nessa rotina de trabalho pesado. Resumindo: são elas que fazem tudo! Cuidam das machambas, da casa, dos filhos, cozinham e carregam o mundo em cima de suas cabeças. Não sei como conseguem... Só não as vi levando cabrito na cabeça - essa parte fica pros homens, que o levam nas bicicletas, amarrado nas costas ou então no braço mesmo.

Os homens são um capítulo a parte. Ou têm um trabalho ou não fazem nada. E ainda colocam a mulher para andar atrás deles carregando menino, papagaio, lenha, carvão... Cultura, né?!! Fazer o quê?!!

E elas estão sempre em suas capulanas, que são panos super coloridos que servem para várias coisas: usar como saia, amarrar como lenço na cabeça, cobrir defunto, carregar doentes, transportar crianças, etc.

Me disseram que não há presente melhor para uma mulher daqui do que ganhar uma capulana. Todas têm uma história – foi dada por um pretendente, pelo marido, pelo genro quando quis namorar a sua filha, enfim... E são passadas de mãe pra filhas, como herança.

Algumas estampas também possuem significado especial. Tem umas que são usadas apenas por mulheres mais velhas, outras apenas em cerimônias, etc.

Esse final de semana comprei um mundo de capulanas. Confesso que fiquei um pouco decepcionada. O pano vem engomado e sem acabamento. Mas lá me ensinaram que basta lavar com um pouco de sal (já que desbota um pouco na primeira lavagem) que o tecido fica solto. Depois é só fazer bainha, caso queira usar como uma canga ou então soltar a criatividade. Dá pra enfeitar o sofá, emoldurar, fazer capas para almofadas, entre milhões de outras coisas.

Enfim, tem muita gente que já pode colocar a cabeça pra funcionar, pois as capulanas chegam ao Brasil no final do ano!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tete em festa

Esse final de semana Tete estava em festa.

Foi montado um palco em frente ao nosso hotel para um show de música. Tudo devidamente patrocinado pela Vodacom, operadora estatal de telefonia celular. Não sei se já falei sobre isso. Mas aqui existem duas operadoras. A segunda é a MCel.

Acho uma sacanagem o que elas fazem. Chegam em bairros pobres, de preferência aqueles que ficam próximos da estrada, e se oferecem para pintar as casas com a cor e o logotipo da empresa. Fica uma coisa muita bizarra! Pena que não tenho uma foto para postar...

Pois então, nesse dia descobri que os eventos moçambicanos são iguais aos brasileiros. Nunca começam na hora marcada. Já o povo não. Às 17h, em ponto, a multidão já estava a postos. Achei estranho marcarem o inicio do evento para esse horário. Afinal, a essa hora o sol ainda estava a pino e o calor infernal. Mas...

Geralmente, estou acostumada a ver a população usando roupas mais antigas, nem sempre tão limpas. Mas nesse dia... As pessoas estavam usando “trajes de gala”. Roupas muito bem passadas, limpíssimas! Me senti em dia de festa no interior de Minas, só que sem as famosas barraquinhas... Quem já participou sabe exatamente o que estou dizendo.


Mas, conforme previsto, o show só foi começar tarde da noite. Quando o vento começou a soprar. Isso pra alivio dos cantores e infelicidade do público, que a essa hora já estava suado e cansado.
Resolvemos não participar da festança popular... Mas também não dava pra ficar em casa, pois o palco estava a dois metros da nossa janela. Saímos para jantar rezando pra que na volta, a nossa querida Tete já tivesse se retornado para sua tranqüilidade e paz habitual. Senão, adeus noite de sono...


Era meia noite quando voltamos. A multidão já estava se dispersando, quando vimos alguns adolescentes correndo em nossa direção. Ficamos paralisados. Nós, os aliens, não estávamos entendendo nada. Até que um local diz: Polícia de choque!!! De repente aparece um policial com um mega fuzil na mão segurando um menino pelo pescoço. Ai que eu não entendi nada mesmo!!!! Não acredito que o garoto tenha feito algo de muito grave para merecer tamanha confusão. Pois, pelo que já vi dos adolescentes daqui, eles não têm aquele espírito rebelde e, muitas vezes destruidor, dos teenagers brasileiros... Desconfio mesmo é que a política seja tolerância zero... Mas, bom saber, né?!!! Eu e minha curiosidade típica estávamos nos coçando pra ir lá perguntar o que estava acontecendo, porque toda aquela confusão, etc... Mas, como tenho o bom senso do meu lado também... Preferi não me arriscar.

No dia seguinte, não descobrimos nada sobre o garoto (tô me coçando até agora), mas ficamos sabendo que a propaganda eleitoral já estava liberada... (Será que aquele show foi apenas uma cortesia?!!! Política é igual em todo lugar do mundo...) Como já contei em outro post, as eleições acontecem no final do mês de outubro.

Assim que saímos na rua percebemos a movimentação. Carreatas, cartazes nos muros, manifestações populares, bandeiras nos carros e a velha e boa camiseta sendo usada pela maioria das pessoas. Todo mundo empolgadíssimo com toda aquela agitação. E, geralmente, domingo é um dia morto por aqui...

A primeira vista parece muito com o que temos no Brasil. Mas, a forma como as pessoas encaram as eleições (principalmente porque vivenciaram uma guerra civil), a forma de se manifestarem em prol ou contra um candidato é muito peculiar. Infelizmente não poderemos acompanhar esse belo processo “democrático”. Daria um belo estudo de caso...






Kuduro

Para quem estava curioso pra conhecer o Kuduro, segue um vídeo com esse alucinante som africano em versão eletrônica.

A galera é de Angola - Buraka Som Sistema. Mas, nesse vídeo também tem participações de outros músicos famosos aqui no continente.

Sucesso total na europa!!!! Mas acho não pega no Brasil...

P.S: Atenção nas coreografias...


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

E lá vamos nós!

Já está praticamente certo. Iremos pra Austrália dia 23 de setembro.

Ficaremos lá por 2 meses e meio. Depois, um breve pit stop na Colombia e... Brasil!!! Lar doce lar. Mas por apenas 15 dias...

Enfim, 5 de janeiro, nosso destino será Tete novamente.

E por um bom tempo...

sábado, 12 de setembro de 2009

Surreal

Promoção em um supermercado de Maputo!!!

Unbelievable!!!


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O que aconteceu no dia 7 de setembro

Muitas pessoas me perguntaram porque aqui também era feriado no dia 7 de setembro. Então lá vai a resposta coletiva.

Foi nesse dia, no ano de 1974, que Portugal assinou o acordo com a Frelimo – Frente de Libertação de Moçambique, reconhecendo formalmente o direito desse povo à independência. Nesse documento também foi determinado em que termos se daria a transição e a data para a proclamação da república, que aconteceu em 25 de junho de 1975. Dia, propositalmente escolhido, para coincidir com o aniversário da fundação da Frelimo, que lutou por 10 anos pela independência do país.

Só que, infelizmente, o povo não teve paz. Já no ano seguinte começou uma nova guerra, a civil, a partir da criação da Renamo – Resistência Nacional Moçambicana, que teve apoio da antiga Rodésia (atual Zimbabwe) e da Africa do Sul. E assim foi até 1992, quando foi assinado o Acordo de Paz, em Roma.

Claro que as coisas não foram tão simples assim e nem dá pra contar a história de guerra de um povo em poucas linhas, nem é esse o meu propósito... Mas, quem se interessar, existe muito material sobre isso na internet e muitos livros também. Não se serão encontrados no Brasil...

O Paulo está lendo um que é bem completo, mas chato. Pois o livro derivou de uma tese. Chama-se Moçambique em transição.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O nosso feriadão selvagem

Nosso feriado foi perfeito! E tão intenso que não pareceu ser apenas três dias, mas sim, uma semana. O corpo cansou. Agora, a cabeça... Voltou leve e relaxada.

Eu fui pra Maputo na sexta pela manhã. Queria visitar a feira nacional de artesanato que estava acontecendo na cidade. Uma pena eu ainda não ter casa... Tinha tanta coisa linda. Cada escultura... Fiquei enlouquecida querendo tudo. Mas como ainda vamos pra Austrália... Só comprei besteirinhas de uso pessoal mesmo. Mas coisas bem típicas.

O vôo do Paulo atrasou e ele só conseguiu chegar em Maputo às 23h. E no outro dia estávamos de pé às 4h. Saímos bem cedo para conseguir cruzar a fronteira Moçambique/Africa do sul sem maiores problemas. E que guerra é essa travessia...

Carro trazendo produtos da South Africa para Mozambique

Ainda bem que fomos com uma pessoa que entendia todos os processos burocráticos, que são surreais e atrasados. Depois de carimbar o passaporte na fronteira de Moçambique, você anda quinhentos metros e entra na fronteira da Africa do Sul. Após pegar o visto de lá você tem que, olha isso, entrar em uma fila mega desorganizada para conseguir um livro de registro de carro. Preenche a papelada e pega uma nova fila desorganizada para devolver tudo isso...

Eu já comentei sobre a educação dos moçambicanos em relação à filas, né? Então imaginem o que passamos tendo que avisar toda hora que não era correto furar filas... Que nós já estávamos lá há 15 minutos, etc...

Fico imaginando como será tudo isso na época da Copa do Mundo... Eles prometeram construir uma fronteira única. Mas, até momento, ninguém mexeu um dedo a respeito...

Bom, depois dessa luta, rumamos para Neilspruit e White River, duas cidades há 150 km da fronteira. E, já no caminho, notamos que havíamos mudado de país. Pelas estradas víamos plantações imensas, totalmente irrigadas; grandes supermercados e street malls espalhados pela rodovia.



Bem diferente do que se encontra em Moçambique... Afinal aqui, a maioria das frutas que comemos e produtos que compramos veem da Africa do Sul. Não dá pra acreditar, mas é assim...
Quando chegamos a Neilspruit fiquei impressionada com a limpeza e organização da cidade. E a quantidade de brancos e loiros do olho azul... Amazing!!! Em White River foi a mesma coisa.

A tarde fomos para o Krugger Park fazer nosso Safari noturno. Apesar de ter gostado, não recomendo. Vimos muitos animais. Mas na escuridão é difícil achá-los. Tínhamos uma espécie de holofote nas laterais do carro. E era com eles que fazíamos a busca dos bichos no meio da noite. Quem achava gritava: Stop! Foi uma boa experiência. Mas nada que me emocionasse tanto. A não ser o maravilhoso por do sol no meio da savana!


Já no dia seguinte... Ai sim!!! Fizemos um safári de 8 horas. Vimos elefantes, rinocerontes, javalis, impalas, hipopótamo, crocodilos, girafas, antílopes e vários outros bichos que nem sei o nome. E que emoção vê-los em seu ambiente natural!!

Mas o que todo mundo queria mesmo era ver os leões. A primeira vez que avistamos um foi por meio da percepção e experiência do nosso guia. Tinha um grupo de impalas pastando, quando, de repente, todas elas ficaram com a orelha em pé. Ele logo sacou que algum predador estava por perto. E era o tão esperado leão e seu bando. Mas eles estavam bem distantes e só conseguimos ver com binóculo.

Ficamos satisfeitos com aquela pequena aparição e, pelo que o guia nos falou, acreditávamos que nossa cota de leões já estava encerrada.

Mas, passando por um casal, eles nos informaram que tinham acabado de ver alguns leões próximo às pedras. Rapidamente rumamos pra lá. E conseguimos ver de pertinho esse bicho. Lindo demais!!!

Quando achamos que tudo já tinha sido perfeito, alguém do grupo grita Stop! Eles tinham avistado um grupo de leoas. Quando olhamos mais para frente, advinha o que vimos? Um grupo de impalas! E estavam a favor do vento... Na hora, o guia desligou o carro e disse: elas vão caçar. Todos nós ficamos agitados. O bando começou a preparar a sua estratégia de ataque, que incluía a presença de uma leoa ao lado do nosso carro!!!! Que medo!!!! O guia nos orientou a ficarmos mudos e não fazermos movimentos bruscos. Ela estava a três metros da gente!!! Era só pular e teria comida fácil...


E foi nesse momento que as leoas foram surpreendidas pelos impalas. Elas estavam preparadas para atacá-las e não para serem contra-atacadas. Os impalas presentiram a presença do predador e correram em sua direção, não sei se por estratégia ou burrice. As leoas ficaram desnorteadas. Não esperavam isso! Foi ai que a caça teve início. Igual na TV! Só que ao vivo! Na minha frente! Emoção pura! E eu, lógico, torcendo pelo impala! Deu certo. UFA! Elas não conseguiram pegar o animal.

Todo mundo ficou em êxtase total!!! Ganhamos o dia!!!

Tivemos outros momentos emocionantes também como um elefante que sapateou em frente ao jipe, pois queria atravessar a estrada com sua manada. O guia engatou a ré e nos distanciamos antes que ele visse pra cima da gente... Pra contar tudo daria uns dois dias de conversa...

Valeu muito a pena e recomendo pra todo mundo. É uma emoção única! Disseram que fomos sortudos, já que tem pessoas que vieram sete vezes ao park para conseguir ver tudo isso que vivenciamos em um só dia!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mundo Selvagem

Voltamos!!!

Segue uma pequena amostrinha do que vimos.

Foi fantástico!!! Amanhã conto como foi, pois hoje tá tudo muito corrido...









quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Que calor!

Hoje foi um dia infernal!

Não achem que estou me referindo a um dia péssimo, conturbado ou algo do gênero. Mas sim, a um dia infinitamente quente! Os termômetros marcaram 35 graus!

Tudo bem que no Rio de Janeiro a temperatura deve estar semelhante. O problema é a sensação térmica de uns 40 graus ou mais! Já que ne
m o vento, que todos os dias nos faz uma breve e agradável visita, quis aparecer hoje.

E a previsão é de um calor ainda maior para a próxima semana.

Eu ainda tenho como usar alguns paleativos como tomar água gelada e ligar o ar condicionado. Mas, a galera lá fora sente na pele a fúria do sol... Muitas casas não têm energia elétrica e ainda possuem telhado de zinco (tem condição?). Ainda não entendi muito bem porque... Não sei se essas telhas são doadas pelo governo, por ONGs... Só sei lá dentro a sensação é de estarmos em uma sauna. Um morador me contou que quando está muito quente as pessoas só entram em casa para dormir por volta de 0h. Horário no qual o calor já se dissipou e ninguém vai correr o risco de se desidratar...

Inteligentes são os moradores das palhotas. Eles constroem suas casas com argila e as cobrem com palha. Segundo me disseram, existe um método para vedar a palha e não permitir que, em épocas, raras, de chuva, a água entre em casa.

Outra coisa curiosa é o estilo de vida dessas pessoas. A rotina sempre acontece do lado de fora da casa. É lá que as mulheres cozinham e trabalham; que as crianças brincam, e também trabalham; que todos fazem suas necessidades fisiológicas; que acontece o convívio familiar e com a vizinhança, etc. A casa em si é apenas um local usado para dormir ou se proteger de animais selvagens, da chuva e do frio.

Bem diferente do nosso pobre mundo ocidental, né?!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Krugger Park

Nós vamos sim para o Krugger Park!!!!

Irei na sexta de manhã para Maputo. Quero aproveitar o dia para fazer algumas comprinhas e tentar colocar a beleza em dia. O Paulo chegará só a noite.

No dia seguinte, bem cedo, nosso destino será a Africa do Sul!!!!

Semana que vem darei notícias!